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Protesto contra o encerramento da maternidade do Hospital do Barreiro

A anunciada concentração das urgências de obstetrícia da Península de Setúbal no Hospital Garcia de Orta, em Almada, motivou um protesto de utentes, sindicatos e representantes políticos junto ao Hospital do Barreiro, que temem o encerramento da maternidade local.
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Utentes, sindicatos e forças políticas manifestaram-se em frente ao Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, contra o plano do Governo de encerrar a urgência de obstetrícia local e centralizar o serviço no Hospital Garcia de Orta, em Almada. A convocatória partiu das Comissões de Utentes da Saúde do Arco Ribeirinho Sul e da União de Sindicatos de Setúbal, contando com a adesão da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e de representantes do PCP e da CDU. O protesto surge em resposta ao anúncio da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a 17 de setembro, sobre a criação de uma urgência regional de obstetrícia na Península de Setúbal. O plano prevê que o Hospital Garcia de Orta funcione em permanência, enquanto o Hospital de Setúbal receberá casos referenciados. Adicionalmente, foi anunciado um concurso em 2026 para um Centro Materno Infantil no perímetro do hospital de Almada.

Os organizadores do protesto criticam tanto o atual Governo (PSD/CDS) pela decisão, como o anterior executivo (PS) pelos "fechos rotativos" que consideram ter preparado o caminho para esta situação.

Os manifestantes argumentam que a medida prejudica a população, retirando cuidados de proximidade. Antonieta Bodziony, da comissão de utentes, lembrou o investimento de um milhão de euros na maternidade do Barreiro e alertou que o Garcia de Orta, já sobrecarregado, enfrentará o "caos" ao ter de servir também os concelhos do Arco Ribeirinho. Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, considera a concentração um erro, alertando para o risco de aumento de partos em ambulâncias, e defende que a solução para a falta de médicos no SNS passa por melhores salários e condições de trabalho. A deputada Paula Santos (PCP) acrescentou que a medida pode levar mais profissionais a abandonar o SNS e questionou a capacidade de resposta do Garcia de Orta, lembrando os 4.800 partos realizados na região em 2024.

O autarca do Barreiro criticou a ministra por não envolver os municípios na decisão e prometeu "oposição feroz" ao encerramento.

O Hospital do Barreiro serve diretamente os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, uma população de mais de 232 mil habitantes, enquanto toda a Península de Setúbal, uma das regiões mais populosas do país, conta com cerca de 835 mil habitantes.

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