
Nova greve no 'handling' dos aeroportos prolonga-se até Janeiro



Uma nova greve dos trabalhadores da empresa de assistência em terra ('handling') Menzies teve início esta quarta-feira, 3 de setembro, e irá prolongar-se por vários períodos até 2 de janeiro de 2026. A paralisação, convocada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e pelo Sindicato dos Transportes (STA), abrange um total de 76 dias e coincide com períodos de elevado movimento nos aeroportos, incluindo fins de semana prolongados, o Natal e o Ano Novo, o que poderá causar constrangimentos aos passageiros. Este novo pré-aviso de greve surge após as paralisações ocorridas em julho e agosto e da suspensão de outras greves previstas para o final de agosto, que se seguiu a contactos com o Ministério do Trabalho. No entanto, a empresa Menzies assegurou que o cancelamento anterior não resultou de qualquer acordo ou concessão, afirmando que a sua posição negocial se mantém inalterada.
O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos para esta greve.
Contudo, a decisão foi veementemente criticada pelo SIMA, que a considera um 'máximo descaramento'. O sindicato defende que o que foi imposto não são verdadeiros serviços mínimos, argumentando que a decisão obriga a assegurar cerca de 80% da operação normal.
A greve decorrerá em períodos alternados.
A primeira fase acontece entre 3 e 9 de setembro, seguindo-se outras paralisações ao longo de setembro, outubro, novembro e dezembro. A última fase está agendada para o período entre 19 de dezembro e 2 de janeiro de 2026.
Perante os possíveis impactos, a ANA - Aeroportos da Madeira já alertou os passageiros, recomendando que confirmem o estado dos seus voos junto das respetivas companhias aéreas antes de se deslocarem para o aeroporto.
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