Governo avança com privatização da TAP e valida três candidatos para a fase seguinte



O Governo português concluiu a fase de pré-qualificação para a privatização da TAP, validando os três interessados que se apresentaram: Air France-KLM, International Airlines Group (IAG) e Lufthansa. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, anunciou que a Parpública foi mandatada para enviar os convites para a apresentação de propostas não vinculativas a partir de 2 de janeiro, dando início à segunda fase do processo. Os candidatos terão até 2 de abril para entregar as suas propostas, que devem incluir uma componente financeira e um plano técnico, industrial e estratégico.
Os critérios de avaliação abrangem o valor oferecido, a experiência técnica, a manutenção da marca e sede em Portugal, a salvaguarda das rotas aéreas e a valorização dos trabalhadores.
Seguir-se-á uma fase para propostas vinculativas, com o Governo a esperar uma decisão sobre o comprador no verão do próximo ano.
A IAG, dona da British Airways e da Iberia, manifestou publicamente o seu interesse em adquirir uma participação maioritária ou total na TAP.
Segundo o administrador financeiro Nicholas Cadbury, esta seria a condição para elevar as margens de lucro da companhia portuguesa dos atuais 8% para a meta do grupo, que se situa entre 12% e 15%. O grupo reconhece que, de momento, esta opção não está em cima da mesa.
O Governo também definiu o perímetro da privatização, excluindo ativos imobiliários significativos, como os terrenos e edifícios da TAP junto ao aeroporto de Lisboa. As participações da companhia na empresa de catering Cateringpor (50,1%) e na de handling Menzies Aviation (49,9%) também ficarão de fora da venda principal e serão alienadas autonomamente, revertendo o valor para o Estado. A venda incluirá a TAP SA, a Portugália e os serviços de saúde do grupo (UCS).


















