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Setor Leiteiro Sob Pressão: Produtores Exigem Preços Justos Para um Consumidor Mais Exigente em 2026

A Associação dos Produtores de Leite de Portugal rejeita a descida do preço do leite em 2026, alertando que as margens atuais são insuficientes para os investimentos necessários para satisfazer um consumidor cada vez mais consciente e exigente.
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A Associação dos Produtores de Leite de Portugal (Aprolep) manifestou a sua oposição a eventuais descidas do preço pago ao produtor em 2026, argumentando que o valor atual já é um "preço de sobrevivência". Ao longo de 2025, a produção e os preços mantiveram-se estáveis, mas Portugal iniciou o ano com o preço médio mais baixo da União Europeia, 45,8 cêntimos por quilograma, cerca de nove cêntimos abaixo da média comunitária.

A Aprolep afirma que este valor apenas cobre as despesas correntes, não gerando margem para investimentos essenciais.

Os produtores sublinham a necessidade de realizar investimentos na modernização das vacarias, na automatização da ordenha e alimentação, e em melhorias no bem-estar animal e na sustentabilidade ambiental. A associação rejeita a justificação de que as descidas de preço no mercado internacional, nomeadamente no norte da Europa, devam refletir-se em Portugal. O argumento é que os preços nacionais não acompanharam as subidas europeias anteriores, com base na premissa de que o destino da produção é maioritariamente o mercado interno e ibérico. Assim, consideram que a "estabilidade" defendida pelos compradores não pode servir apenas para penalizar os produtores.

O setor enfrenta também um desafio demográfico, com apenas cerca de 3.300 produtores em Portugal (2.000 nos Açores e 1.300 no continente), um número em declínio e com uma média de idades cada vez mais avançada.

A Aprolep defende a criação de apoios específicos para o investimento e para a instalação de jovens agricultores, considerando que um preço justo é um investimento na soberania alimentar, na proteção do emprego rural e na manutenção do território.

Esta exigência dos produtores surge num contexto em que o consumidor português se tornará mais exigente até 2026.

Uma análise do Prémio Cinco Estrelas indica que os consumidores valorizarão mais a autenticidade, a sustentabilidade comprovada com dados concretos e a transparência, em detrimento do marketing de influência. Esta tendência reforça a necessidade de os produtores investirem para responder a estas novas exigências do mercado, tornando o preço justo uma condição fundamental para a sua sobrevivência e competitividade.

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