A Diplomacia da Fé: Viagem do Papa Leão XIV à Turquia e Líbano Reafirma o Diálogo como Caminho para a Paz



Ao regressar da sua visita de cinco dias, de 27 de novembro a 2 de dezembro, o Papa Leão XIV fez um balanço da sua primeira viagem internacional durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro.
O pontífice afirmou que as experiências na Turquia e no Líbano são uma prova de que "a paz é possível" e que os cristãos, em diálogo com outras religiões e culturas, podem ser construtores dessa paz.
Na Turquia, a viagem teve um forte cariz ecuménico. O Papa encontrou-se com o patriarca ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu, na antiga cidade de Niceia, local do primeiro concílio ecuménico há 1.700 anos.
A visita coincidiu com o 60.º aniversário da declaração conjunta entre o Papa Paulo VI e o patriarca Atenágoras, que pôs fim às excomunhões mútuas entre as igrejas Católica e Ortodoxa.
Perante as autoridades turcas, Leão XIV destacou o papel do país como uma "ponte entre o Oriente e o Ocidente" e defendeu a "cultura do encontro".
No Líbano, descrito pelo Papa como um "mosaico de convivência", a visita focou-se na consolação e na esperança.
Leão XIV confessou ter ficado profundamente comovido no encontro com os familiares das vítimas da explosão no porto de Beirute em 2020, afirmando que foi ele quem recebeu consolo da sua fé e entusiasmo.
Na missa celebrada em Beirute, reconheceu o sofrimento do povo libanês, assolado por crises políticas e económicas, e exortou a nação a erguer-se como uma "casa de justiça e de fraternidade", superando as divisões.
Durante a sua alocução no Vaticano, o Papa manifestou também a sua proximidade para com as populações do sul e sudeste asiáticos, gravemente afetadas por recentes inundações que causaram centenas de vítimas na Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e outros países da região, apelando à solidariedade da comunidade internacional.











