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"Número dois" do Vaticano recebido por Marcelo em Belém

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, esteve em Portugal, onde se encontrou com as mais altas figuras do Estado e deixou uma forte mensagem sobre a paz mundial e a necessidade de combater a indiferença.
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O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, esteve em visita a Portugal, onde manteve encontros com as mais altas figuras do Estado.

O 'número dois' da Igreja Católica foi recebido no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa audiência que durou cerca de uma hora e após a qual não foram prestadas declarações. O Cardeal Parolin reuniu-se também com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, encontro no qual, segundo o chefe do executivo, foram trocadas impressões sobre os conflitos mundiais e a 'necessidade urgente de trilhar os caminhos da paz'.

O ponto central da visita foi a sua intervenção no Jubileu das Autoridades, organizado pelo Patriarcado de Lisboa na Fundação Calouste Gulbenkian. No seu discurso, o chefe da diplomacia do Vaticano criticou a incoerência de quem defende a paz mundial mas mantém 'lógicas de guerra'. Segundo Parolin, a visão de paz da Santa Sé vai além do direito internacional, defendendo que nenhum compromisso com a paz pode ser autêntico se mantiver ligações, mesmo que implícitas, com a lógica da guerra. Salientou ainda que promover a paz exige a prevenção das causas dos conflitos e a eliminação das tensões sociais, culturais, étnicas e religiosas que podem gerar violência.

Outro tema forte do seu discurso foi o apelo à 'luta contra a indiferença', que descreveu como uma 'atitude típica do mundo ocidental' e um 'fenómeno da globalização da indiferença'.

O Cardeal explicou que o fluxo constante de notícias sobre o sofrimento alheio funciona como um 'anestésico', criando uma 'casca protetora' que permite ignorar as tragédias, considerando-as distantes. Esta atitude, alertou, acarreta o risco de 'adormecer a consciência' e despojar as pessoas da sua humanidade, tornando a paz um problema de outros e uma mera utopia. Parolin defendeu a urgência de 'quebrar este ciclo de egoísmo' e de criar uma nova agenda internacional que coloque a pessoa no centro.

Durante a sua estadia em Portugal, o Cardeal Pietro Parolin visitou também o Santuário de Fátima e rezou junto ao elevador da Glória, em Lisboa, pelas vítimas do descarrilamento.

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