Escalada de Tensão: Venezuela Acusa EUA de Ciberataque e Pirataria para Controlar Petróleo



A Venezuela acusou os Estados Unidos de estarem por trás de um ciberataque contra a sua petrolífera estatal, a PDVSA, com o objetivo final de assumir o controlo do petróleo do país.
Num comunicado, a empresa assegurou que esta ação se insere numa estratégia norte-americana para se apoderar do crude venezuelano "pela força e pela pirataria".
A PDVSA referiu que "não é a primeira vez que o Governo dos Estados Unidos, aliado a setores extremistas, tenta minar a estabilidade nacional e roubar o Natal ao povo venezuelano".
Apesar da acusação, a petrolífera garantiu que o ataque não comprometeu as suas operações essenciais.
Graças à intervenção das suas equipas técnicas, o impacto ficou limitado ao sistema administrativo, não afetando a produção.
A empresa sublinhou que a continuidade operacional está assegurada através de protocolos de segurança, permitindo o fornecimento regular ao mercado interno e o cumprimento dos compromissos de exportação.
A PDVSA rejeitou o que classificou como um "ato desprezível", orquestrado por interesses estrangeiros para minar o desenvolvimento energético do país.
Esta denúncia surge num contexto de crescente tensão entre Caracas e Washington.
A acusação foi feita apenas cinco dias depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter alertado para o "roubo descarado" de um petroleiro pelos EUA na costa da Venezuela. O Presidente norte-americano, Donald Trump, havia anunciado a 10 de dezembro a interceção e apreensão de um navio petroleiro ao largo da costa venezuelana. O governo de Caracas declarou que este ato se soma ao "roubo da Citgo", a subsidiária da PDVSA nos Estados Unidos, e anunciou que irá denunciar o caso a organismos internacionais. Segundo o jornal The New York Times, o petroleiro apreendido, de nome 'Skipper', navegava sob bandeira falsa e foi detido por ordem de um juiz dos EUA devido a ligações anteriores ao contrabando de petróleo iraniano, que está sob sanções de Washington. As tensões são agravadas pela presença militar norte-americana no Mar das Caraíbas, que Caracas considera uma ameaça com o objetivo de provocar uma mudança de regime.
Os dois países não mantêm relações diplomáticas desde 2019.


















