
Venezuela acusa EUA de 'guerra não declarada' no Caribe



O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, acusou os Estados Unidos de conduzirem uma "guerra não declarada" contra a Venezuela, afirmando que navios são "executados no mar do Caribe, sem direito à defesa".
As declarações foram feitas em Caracas, durante os exercícios militares "Caribe Soberano 200", a partir do posto de comando das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB).
Segundo o ministro, a "ordem neoliberal está completamente desestruturada" e a guerra já não é declarada, sendo substituída por "ameaças militares" e "lançamento de mísseis".
As tensões entre os dois países intensificaram-se em agosto, quando o então Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou o envio de navios de guerra para águas internacionais próximas da Venezuela, justificando a ação como parte do combate aos cartéis de droga latino-americanos. Na semana anterior às declarações do ministro, Trump anunciou que os Estados Unidos tinham atacado um "barco que transportava droga", resultando na morte de 11 "narcoterroristas", que seriam membros do cartel venezuelano Tren de Aragua, classificado como organização terrorista pelos EUA. O governo norte-americano acusa diretamente o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar o "Cartel dos Sois", uma organização de tráfico de droga, e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que levem à sua captura.
Em resposta, Nicolás Maduro negou qualquer ligação com o narcotráfico e denunciou a presença militar dos EUA perto da costa venezuelana.
O presidente apelou à população para que se alistasse na milícia e anunciou um plano de defesa que incluiu o envio de 25.000 membros das forças armadas para as fronteiras do país. O ministro Padrino López reforçou que as FANB têm a missão de defender a independência nacional e que a Venezuela aumentará continuamente a prontidão operacional do seu poderio militar para enfrentar as ameaças norte-americanas "de onde quer que surjam".
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