Tensão Diplomática: UE Prolonga Sanções e Venezuela Responde com Duras Críticas



A União Europeia (UE) anunciou a extensão das suas medidas restritivas contra a Venezuela por mais um ano, até janeiro de 2027. De acordo com um comunicado do Conselho da UE, a decisão baseia-se nas "ações persistentes contra a democracia e o Estado de direito, bem como as continuadas violações de direitos humanos e a repressão da oposição democrática". A UE também mencionou especificamente o não reconhecimento dos resultados das eleições presidenciais de julho de 2024 como um dos fatores para a manutenção das sanções.
As sanções, que estão em vigor desde 2017, ainda durante a presidência de Hugo Chávez, e que prosseguiram com Nicolás Maduro, afetam atualmente 69 indivíduos.
Estas pessoas estão sujeitas ao congelamento de bens e à proibição de receber fundos ou recursos económicos, direta ou indiretamente. Adicionalmente, estão impedidas de viajar para o território da União Europeia. As medidas incluem ainda um embargo à venda de armas e de outros equipamentos que possam ser utilizados para fins de repressão interna.
Em resposta, o governo venezuelano emitiu um comunicado a criticar duramente a decisão.
Caracas considera as sanções "ilegítimas, ilegais e contrárias ao Direito Internacional, bem como aos princípios e propósitos consagrados na Carta das Nações Unidas".
O executivo de Nicolás Maduro rejeita a validade das medidas coercitivas unilaterais impostas pelo bloco europeu.
No mesmo comunicado, a Venezuela afirmou que esta "política de sanções" demonstrou ser "um rotundo fracasso".
Segundo o governo venezuelano, a abordagem da UE deteriorou significativamente as relações políticas e diplomáticas e confirma "a irrelevância crescente da União Europeia como ator internacional incapaz de atuar com independência, racionalidade e respeito pelos Estados soberanos".














