Tensão no Caribe: Venezuela Invoca Soberania Contra a Sombra da Doutrina Monroe



O Governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro, manifestou forte oposição ao recente aumento da presença militar dos Estados Unidos no mar do Caribe.
Caracas considera o envio de navios de guerra, incluindo o porta-aviões Gerald Ford, uma ameaça direta à sua soberania e um pretexto para promover uma "mudança de regime" com o objetivo de controlar os vastos recursos petrolíferos do país. A justificação oficial de Washington para a operação é o combate ao narcotráfico, uma alegação que analistas e o próprio governo venezuelano consideram pouco credível, apontando que as principais rotas de droga para os EUA têm origem noutros países, como o México e a Colômbia. Em resposta, o presidente Maduro apelou à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para que rejeite categoricamente a militarização da região.
Numa carta divulgada durante a cimeira CELAC-União Europeia, instou os países a unirem-se numa só voz para exigir o fim das ameaças militares.
Paralelamente, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, pediu às Nações Unidas que utilizem os seus mecanismos para defender a paz e a soberania das nações.
A Venezuela propôs ainda a criação de mecanismos regionais de defesa coletiva para proteger as águas territoriais. A situação agravou-se com a denúncia de ataques norte-americanos a cerca de 20 embarcações no Caribe nos últimos dois meses, que resultaram na morte de mais de 60 pessoas.
Estes incidentes foram classificados pela ONU como "execuções extrajudiciais" e uma violação do direito internacional, com o alto comissário para os direitos humanos, Volker Türk, a considerar os ataques "inaceitáveis". A ação militar dos EUA é vista por muitos como uma manifestação moderna da Doutrina Monroe, uma política com 200 anos que historicamente justificou múltiplas intervenções norte-americanas na América Latina para proteger os seus interesses.
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