China apoia Venezuela perante bloqueio e ameaças dos Estados Unidos



A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela intensificou-se após o Presidente Donald Trump ter anunciado um "bloqueio total e completo" contra os navios petroleiros sancionados que operam com o país sul-americano.
Trump acusou o governo de Nicolás Maduro de utilizar as receitas do petróleo para financiar atividades ilícitas e alegou que a Venezuela "roubou" os direitos energéticos aos EUA, prometendo recuperá-los.
Esta retórica agressiva é acompanhada por um significativo reforço militar norte-americano no mar das Caraíbas, que, embora oficialmente destinado ao combate ao narcotráfico, é visto por Caracas como uma manobra para forçar uma mudança de regime.
A situação gerou especulações, alimentadas pelo comentador Tucker Carlson, de que Trump poderia declarar guerra.
Em resposta, o governo venezuelano classificou as ações dos EUA como uma "ameaça grotesca" e uma violação do direito internacional.
O Presidente Nicolás Maduro conversou por telefone com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para denunciar a "escalada das ameaças" e solicitou formalmente uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir a "agressão" norte-americana.
Internamente, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, afirmou que as forças armadas não se sentem intimidadas, e Maduro ordenou escoltas militares para os navios petroleiros.
A China expressou um forte apoio a Caracas.
Numa conversa telefónica com o seu homólogo venezuelano, Yván Gil, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou que Pequim "se opõe a todas as formas de intimidação unilateral" e apoia os países que defendem a sua soberania, descrevendo China e Venezuela como "parceiros estratégicos".
Outras nações também reagiram: a Rússia manifestou preocupação com uma possível operação terrestre, o Irão classificou o bloqueio como "pirataria de Estado" e o México apelou à não-intervenção, pedindo à ONU que mediasse uma solução pacífica.
Nos EUA, os democratas apresentaram resoluções para limitar a autoridade do presidente de iniciar hostilidades sem a aprovação do Congresso.
























