André Ventura apela ao adiamento do Conselho de Estado e acusa Marcelo Rebelo de Sousa de interferência eleitoral



André Ventura, candidato às eleições presidenciais e líder do Chega, fez um apelo para que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adie a reunião do Conselho de Estado para uma data posterior à segunda volta das eleições, prevista para 8 de fevereiro. A reunião, convocada para 9 de janeiro, a poucos dias da primeira volta eleitoral de 18 de janeiro, tem como objetivo analisar a situação internacional, com particular foco na Ucrânia. Ventura acusa o Chefe de Estado de agendar a reunião com o propósito de “interferir e participar nesta campanha eleitoral”, argumentando que não existem factos novos que justifiquem a sua urgência. O líder do Chega salienta que tanto ele como Luís Marques Mendes, também candidato presidencial, são membros do referido órgão de consulta. Caso a reunião se mantenha, Ventura defende que esta deveria servir para fazer um balanço do mandato de 10 anos de Marcelo Rebelo de Sousa, que, na sua opinião, conduziu Portugal a uma posição de “fraqueza, de isolamento, de humilhação” no panorama internacional. O candidato do Chega estendeu as suas críticas à governação de Marcelo Rebelo de Sousa, citando a indemnização de 712 mil euros à família do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk, em contraste com os 217 mil euros atribuídos à família de um militar da GNR morto em serviço, afirmando que “a vida de um estrangeiro vale mais do que a vida de um nacional”. Criticou ainda o facto de o sistema de saúde tratar cidadãos estrangeiros enquanto os portugueses enfrentam longos tempos de espera para cirurgias. Esta será a primeira reunião do Conselho de Estado desde as eleições legislativas de 18 de maio.
A Assembleia da República ainda não elegeu os cinco membros que lhe compete indicar para este órgão.
















