
Atividade de Campanha de André Ventura e Conflito com o TikTok



André Ventura, presidente do Chega, denunciou que a sua conta na rede social TikTok, com 565 mil seguidores, recebeu uma “advertência de banimento”.
A plataforma notificou-o para remover, no prazo de 48 horas, dois vídeos por violação das regras da comunidade, sob pena de a conta ser suspensa.
Um dos vídeos referia-se a Clovis Abreu, associado ao caso da morte do agente da PSP Fábio Guerra, e o outro ao ativista político norte-americano Charlie Kirk, que foi assassinado.
Ventura classificou a ação como “censura pura e dura” e “cancelamento político inadmissível”, anunciando que irá recorrer da decisão e processar a empresa judicialmente.
Contactado, um porta-voz do TikTok não comentou o caso específico, mas afirmou que todas as contas, incluindo as de políticos, estão sujeitas às Regras da Comunidade e que existem “restrições específicas” para estas em caso de infrações múltiplas, em linha com o compromisso com os direitos humanos e a liberdade de expressão. Paralelamente, no encerramento da campanha para as eleições autárquicas, André Ventura intensificou o seu apelo ao voto no Chega, dirigindo-se especificamente aos eleitores “de direita e de centro-direita”. Durante uma arruada em Vila Verde, distrito de Braga, Ventura defendeu que votar no PSD, sobretudo no centro e sul do país, “é inútil” e que “só o Chega pode tirar os socialistas do poder autárquico”. Apelou à concentração de votos no seu partido para assegurar uma vitória da direita. O líder do Chega estabeleceu como objetivo vencer as eleições, ter mais votos e eleger vários presidentes de câmara para “conquistar o domínio autárquico do país”, apontando metas ambiciosas para o Algarve e Braga.
Ventura respondeu ainda ao eurodeputado socialista Francisco Assis, que previu um “apagão eleitoral do Chega”, afirmando que “o único apagão que já tivemos [...] foi o apagão do PS” nas legislativas.
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