
Ventura é candidato a Belém? Só na terça-feira se saberá



André Ventura admitiu, durante o Conselho Nacional do Chega, a possibilidade de avançar para a corrida a Belém.
Embora considere não ser a solução ideal e preferir não ser o candidato, o líder do partido mostrou-se disponível, colocando a decisão final nas mãos do partido, que a anunciará na terça-feira.
Ventura sublinhou a necessidade de o Chega apresentar um candidato forte, com capacidade para chegar a uma segunda volta nas eleições. A potencial candidatura de Ventura foi comentada por João Cotrim de Figueiredo, candidato presidencial liberal. Cotrim de Figueiredo acolheu a notícia de forma positiva, afirmando que a entrada do líder do Chega tornaria a campanha "bastante mais animada", contrastando com o que considerou ser um "conjunto de candidatos particularmente cinzento". O candidato liberal garantiu não estar preocupado com uma eventual divisão do eleitorado e afirmou que já contava com uma candidatura do Chega quando se disponibilizou para a corrida presidencial.
De forma irónica, Cotrim de Figueiredo recordou declarações anteriores de Ventura, em que este afirmava que "o único fato que lhe servia bem era o fato de primeiro-ministro", questionando se "engordou, se emagreceu, se mudou de alfaiate". O candidato liberal não acredita que a presença de Ventura diminua as suas hipóteses de chegar a uma segunda volta. À margem destes comentários, Cotrim de Figueiredo abordou outros temas, como a desistência de Rui Moreira, afirmando querer perceber as razões dessa decisão.
Criticou também um almoço noticiado entre o candidato Gouveia e Melo e André Ventura, com a participação de Mário Ferreira, considerando um "contrassenso" que figuras que se dizem "fora do sistema" ou "anti-sistema" participem em encontros patrocinados por acionistas de grandes meios de comunicação social.
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