Ventura sobre mandatário do Chega: “É um criminoso que tem de ser punido”

O líder do Chega, André Ventura, anunciou o início do processo de expulsão do mandatário da candidatura do partido em Vendas Novas, Marco Silva, após este ter sido detido em flagrante delito por suspeitas de atear fogos.

O presidente do Chega, André Ventura, reagiu publicamente à detenção de Marco Silva, mandatário da candidatura do partido à Câmara de Vendas Novas, que foi detido por suspeitas de atear fogos. Ventura classificou o militante como “um criminoso que tem de ser punido” e “um bandido que tem de estar preso”, defendendo uma pena longa. Marco Silva, de 40 anos, foi detido em flagrante delito pela GNR na madrugada de quinta-feira, no concelho de Montemor-o-Novo, distrito de Évora.

O suspeito foi observado a sair da sua viatura e a atear fogo na berma da Estrada Municipal 530.

Além de ser o atual mandatário da candidatura liderada por Jorge Alcobia Pereira, Marco Silva já tinha sido o cabeça de lista do Chega à mesma câmara nas autárquicas de 2021 e coordenador da concelhia do partido. Numa conferência de imprensa na sede do partido em Lisboa, André Ventura anunciou que, assim que soube da notícia, deu início ao processo de expulsão de Marco Silva, submetendo o caso ao Conselho de Jurisdição do partido. O líder do Chega sublinhou que não tem “dois pesos, nem duas medidas” e que a forma como o partido lida com estas situações o distingue das restantes forças políticas, que acusou de protegerem os seus dirigentes.

Ventura desvalorizou eventuais prejuízos eleitorais, mantendo a confiança na vitória em Vendas Novas.

A detenção ocorreu na mesma semana em que o Chega apresentou no parlamento um projeto de lei para agravar as penas por incêndio florestal até 25 anos, equiparando os incendiários a terroristas.

O candidato do Chega em Vendas Novas, Jorge Alcobia Pereira, confirmou que Marco Silva ainda é, oficialmente, o mandatário, explicando que a sua substituição legal é difícil após a entrega das listas no tribunal.

No entanto, garantiu que Silva já não exercia o cargo, pois “quis sair há algum tempo” e já tinha informado a candidatura da sua intenção de abandonar o partido. Pereira acrescentou que a candidatura já não tinha qualquer contacto com ele.

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