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Vídeo mostra dezenas de homens que terão sido detidos pelo exército israelita na Cisjordânia

As forças israelitas intensificaram as suas operações na Cisjordânia, resultando na detenção de centenas de palestinianos e motivando um apelo da Autoridade Palestiniana por intervenção internacional.
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Na sequência de um ataque com bomba contra um veículo militar israelita que feriu dois soldados perto de Tulkarm, na Cisjordânia, as forças israelitas lançaram uma vasta operação na quinta-feira.

O ataque foi reivindicado pelos braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica, levando Israel a impor um cerco à cidade para procurar suspeitos.

Embora o exército israelita não tenha fornecido um balanço oficial, o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano reportou centenas de detidos, e o governador de Tulkarem, Abdala Kamil, elevou o número para mais de 1.000 pessoas.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram dezenas de homens palestinianos a serem escoltados por soldados. Paralelamente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) conduziram a operação "Proteger Jerusalém" nas cidades de Qatana e Qubeiba.

Esta ação visava a "infraestrutura terrorista" associada a dois membros das Brigadas Ezeldin al-Qassam, o braço armado do Hamas, responsáveis por um ataque a um autocarro em Jerusalém na segunda-feira.

Nessa operação, foram detidos mais de 20 suspeitos e confiscadas 38 armas de fogo, munições, bandeiras do Estado Islâmico e outro equipamento militar, além da demolição de infraestruturas ilegais. As Brigadas al-Qassam reivindicaram o ataque em Jerusalém, descrevendo-o como uma "operação de alta qualidade". Em resposta a estas ações, a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) acusou Israel de impor um "castigo coletivo a civis indefesos" e de realizar "abusos, rusgas, demolições de casas e de intensificar os colonatos". Num comunicado, o governo palestiniano apelou à comunidade internacional para que tome medidas práticas para proteger a população local e travar o que considera serem os projetos de anexação de Israel. A ANP lamentou que a "inação internacional" encoraje o governo israelita a prosseguir com as suas "medidas unilaterais ilegais".

As operações israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental intensificaram-se desde os ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023. Segundo os artigos, esses ataques causaram cerca de 1.200 mortos em Israel, enquanto a subsequente represália israelita já provocou quase 65.000 mortos palestinianos.

A situação é agravada pela expansão dos colonatos israelitas e por apelos dentro do governo de Israel para a anexação da Cisjordânia, ações condenadas pela comunidade internacional, que reitera o seu apoio à solução de dois Estados.

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