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Saúde Materna em Setúbal: Entre a Recuperação de Serviços e a Inovação na Vigilância da Gravidez

A Península de Setúbal é palco de importantes desenvolvimentos na saúde materna, com o serviço de obstetrícia do Hospital Garcia de Orta a registar números recorde e o Ministério da Saúde a lançar um projeto pioneiro para a vigilância de grávidas por enfermeiros especialistas.
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O serviço de obstetrícia do Hospital Garcia de Orta (HGO), integrado na Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS), atingiu em outubro de 2025 números recorde de atividade. Foram registados os maiores valores dos últimos 10 anos em admissões no internamento de ginecologia e obstetrícia, com 762 e 144 entradas, respetivamente.

O número de partos, 278, foi o mais elevado desde 2018, e as admissões na urgência foram as mais altas num só mês desde julho de 2005.

A administração da ULSAS atribui esta “evolução positiva” ao reforço da equipa com a contratação recente de cinco especialistas e ao compromisso dos profissionais, invertendo as dificuldades dos meses anteriores. Paralelamente, o Ministério da Saúde anunciou o arranque de um novo projeto na Península de Setúbal que permitirá a enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica (EESMO) realizar a vigilância de gravidezes de baixo risco. Numa fase inicial, a iniciativa abrangerá apenas grávidas que não têm médico de família e será implementada nas unidades de cuidados de saúde primários da região. Para analisar os detalhes do projeto, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, agendou uma reunião com os EESMO no Hospital Garcia de Orta.

A proposta, apresentada pela Ordem dos Enfermeiros, visa garantir o acompanhamento a grávidas que, de outra forma, poderiam ficar sem vigilância.

A ministra da Saúde manifestou o seu apoio, salientando que este é um modelo já adotado noutros países e que os enfermeiros especialistas desempenham um papel fundamental.

Uma norma da Direção-Geral da Saúde, atualizada em 2024, já prevê a possibilidade de os EESMO realizarem o internamento e o parto de grávidas de baixo risco em ambiente hospitalar.

No entanto, a iniciativa gerou opiniões divergentes.

A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e a Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar defenderam que a solução passa por generalizar as equipas de saúde familiar, mantendo o acompanhamento multidisciplinar. A Ordem dos Médicos, apesar de ter dado “luz verde”, já tinha alertado para os riscos de “medidas avulsas”, defendendo que a vigilância da gravidez deve permanecer sob a coordenação do médico de família.

Projetos semelhantes, com consultas conduzidas por enfermeiros, já estão em curso em locais como Loures-Odivelas, na ULS de São José e em Portalegre.

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