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Sexta-feira, Agosto 8

Vírus da Língua Azul aproxima-se “rapidamente” de Portugal

As autoridades veterinárias portuguesas estão em alerta devido à deteção de um foco de gripe aviária em Alcácer do Sal e à aproximação de novos focos do vírus da Língua Azul a partir de Espanha, ameaçando a saúde dos efetivos pecuários nacionais.
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A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou a deteção de um foco de infeção pelo vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) numa capoeira doméstica no concelho de Alcácer do Sal, distrito de Setúbal. O foco foi identificado na freguesia de Santa Maria do Castelo e Santiago e Santa Susana.

Em conformidade com os protocolos de controlo, os animais afetados foram abatidos e as instalações foram submetidas a um processo de limpeza e desinfeção. Como medida de precaução, foi estabelecida uma zona de restrição num raio de 10 quilómetros em redor do foco, onde todas as explorações avícolas se encontram sob vigilância reforçada. A DGAV alertou para a "circulação persistente" do vírus e reiterou a importância do cumprimento das medidas de biossegurança, recomendando que se evitem os contactos entre aves domésticas e selvagens e que se reforcem os procedimentos de higiene das instalações e equipamentos. Paralelamente, o Hospital Veterinário Muralha de Évora emitiu um alerta sanitário sobre a aproximação do serotipo 8 do vírus da Língua Azul a Portugal. O alerta baseia-se em dados do Ministério da Agricultura de Espanha (MAPA), que confirmam novos focos da doença em várias províncias espanholas, aproximando-se "rapidamente" da fronteira portuguesa. A situação é considerada "particularmente preocupante" pela instituição veterinária, uma vez que não existe um programa oficial de erradicação da doença na Península Ibérica (com exceção das Ilhas Baleares e Canárias) nem restrições à movimentação de animais. O risco de propagação da Língua Azul é agravado pela previsão de aumento da atividade do mosquito transmissor nos próximos meses.

Os ovinos são a espécie mais vulnerável à forma clínica da doença.

Perante este cenário, o Hospital Veterinário Muralha de Évora enfatiza que a vacinação é a "melhor ferramenta" de prevenção contra a morbilidade e mortalidade associadas ao vírus. A instituição recomenda "vivamente" a vacinação dos efetivos ovinos contra o serotipo 8, de modo a mitigar os impactos sanitários e económicos de um eventual surto e a facilitar a circulação dos animais.

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