
Quebra na Produção de Uva no Alentejo em 2025



Os viticultores do Alentejo enfrentam uma quebra média de 30% na produção de uva durante a vindima de 2025, em comparação com o ano anterior. Segundo a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), em situações mais graves, a redução pode atingir os 40%.
Esta primeira avaliação, realizada um mês e meio após o início da vindima, baseia-se em dados recolhidos junto dos associados da ATEVA, que representam 17 mil dos 23 mil hectares de vinha da região.
A quebra na produção é descrita como generalizada, embora existam produtores com perdas menos expressivas.
As causas para esta diminuição acentuada prendem-se com um ano agrícola considerado “particularmente difícil”.
Patrícia Cotrim, diretora técnica e executiva da ATEVA, explicou que a chuva intensa registada até abril dificultou a realização de tratamentos essenciais nas vinhas.
Posteriormente, a região foi afetada por um período de “calor extremo e muito continuado”, mais persistente do que o habitual.
Esta conjugação de fatores climáticos resultou numa menor frutificação e em uvas com menos peso, o que se reflete diretamente na quantidade total colhida. Esta crise produtiva agrava-se devido ao baixo preço pago pelas uvas, colocando em risco a sustentabilidade do setor, que é um pilar da economia e identidade cultural do Alentejo.
A ATEVA alerta que a situação ameaça o equilíbrio social e ambiental, numa atividade que fixa a população e projeta a região a nível nacional e internacional.
O cenário é ainda mais preocupante considerando que, no ano anterior, já se tinha registado uma elevada taxa de abandono, com cerca de 800 hectares de vinha arrancados e 100 hectares abandonados. A juntar a este quadro, os viticultores alentejanos manifestam preocupação e descontentamento com a decisão do Governo de atribuir um apoio de 50 cêntimos por quilo de uva entregue para destilação exclusivamente aos produtores do Douro.
Tanto Patrícia Cotrim como Luís Sequeira, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, criticaram esta “dualidade de critérios”, considerando-a um golpe adicional para um setor já em crise e esperam que a medida seja revista para incluir outras regiões afetadas.
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