
Competitividade Europeia: Um Ano Após o Relatório Draghi



Um ano após a divulgação do relatório de Mario Draghi sobre a competitividade da União Europeia (UE), a Comissão Europeia anunciou que já foram adotadas 47 das medidas propostas, mobilizando mais de um bilião de euros em inovação, tecnologias limpas e segurança. Entre os investimentos destacados encontram-se 200 mil milhões de euros em inteligência artificial (IA), incluindo o lançamento de gigafábricas; 150 mil milhões de euros para segurança e defesa através do instrumento SAFE; e mais de 100 mil milhões para a descarbonização industrial.
Foram também assinados acordos comerciais com o Mercosul e o México.
O Executivo comunitário sustenta que a economia europeia já está a responder a estas medidas, apontando para um crescimento do PIB da UE de 1,1% este ano, a criação de 732 mil postos de trabalho e uma taxa de desemprego de 6,2%. Adicionalmente, a produtividade cresceu 0,4% no último trimestre de 2024 e os empréstimos e obrigações internacionais atingiram o valor mais alto desde o período de 2007-2009.
Apesar deste balanço, o próprio Mario Draghi criticou a inércia e a lentidão da UE, manifestando a frustração de empresas e cidadãos e apelando a resultados “em meses, não em anos”.
A sua crítica é corroborada por dados da organização Conselho Europeu para a Inovação Política (EPIC), que revelam que apenas 11,2% (43 de um total de 383) das recomendações do relatório foram totalmente cumpridas, com áreas como a energia e a digitalização a registarem atrasos.
Em resposta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se com uma “mentalidade de urgência”. Defendeu a remoção de obstáculos para aproveitar o potencial de áreas estratégicas, garantindo apoio financeiro e licenciamento atempado para o processamento de lítio em Portugal, o desenvolvimento de startups de IA e a criação de interligações elétricas, como o projeto da Baía de Biscaia para ligar França e Espanha.
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