
Voto de confiança ao Governo francês determinará "destino da França" - primeiro-ministro



O primeiro-ministro francês, François Bayrou, declarou que o voto de confiança ao seu Governo, agendado para 8 de setembro, decidirá o "destino da França". A situação surge uma semana após o chefe do executivo ter anunciado a submissão a uma moção de confiança, na sequência da apresentação de uma proposta de orçamento para 2026 que prevê cortes de 44 mil milhões de euros, medida que se revelou altamente impopular. Numa entrevista a quatro canais de notícias, Bayrou defendeu a sua política como "vital para o país", alertando que a queda do Governo levaria à sua substituição por uma abordagem "menos rigorosa e sem rumo".
O primeiro-ministro centrista, que já se candidatou três vezes à presidência, sublinhou a importância dos próximos dias, afirmando que um país endividado perde a sua soberania e liberdade.
Para tentar evitar a crise, Bayrou convocou os líderes partidários para uma reunião na segunda-feira, mostrando-se disponível para "discutir todos os assuntos", com exceção do seu plano orçamental.
A queda do Governo, formado por uma coligação entre o centro e a direita, é considerada quase inevitável, uma vez que tanto a esquerda como a extrema-direita já anunciaram que votarão contra a moção de confiança.
Perante este cenário, o Presidente Emmanuel Macron, que reiterou o seu apoio a Bayrou, terá duas opções: nomear um novo primeiro-ministro, com poucas perspetivas de obter uma maioria parlamentar, ou convocar eleições legislativas antecipadas, as segundas em menos de um ano e meio. O presidente do Tribunal de Contas, Pierre Moscovici, comentou a situação, afirmando que "a França precisa de um orçamento a tempo e horas" e descrevendo a conjuntura financeira como "não crítica, mas ainda assim preocupante".
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