
Antecipação da decisão da Reserva Federal sobre as taxas de juro



Existe um consenso generalizado no mercado de que a Reserva Federal norte-americana irá anunciar um corte de 25 pontos base (pb) na sua taxa de juro diretora, fixando-a no intervalo de 4,00% a 4,25%. Esta seria a primeira redução desde dezembro de 2024, pondo fim a um período de pausa de nove meses. A probabilidade de um corte desta dimensão é estimada em cerca de 96% por ferramentas como o CME FedWatch Tool, e corroborada por uma sondagem da Reuters em que 105 de 107 economistas partilham da mesma opinião. A decisão é motivada principalmente por sinais de arrefecimento da economia norte-americana, em particular pela desaceleração no mercado de trabalho, evidenciada por relatórios de emprego mais fracos em julho e agosto.
Este cenário levou a Fed a mudar o foco das preocupações com a inflação para os riscos de uma potencial estagnação económica.
No entanto, o banco central enfrenta um dilema, uma vez que a inflação se mantém persistentemente acima da meta de 2%, o que limita a margem para cortes mais agressivos e levanta o espectro da "estagflação". Embora um corte de 25 pb seja o cenário mais provável, a possibilidade de uma redução mais acentuada, de 50 pb, não está totalmente descartada.
Esta é a medida defendida publicamente pelo Presidente Donald Trump, que tem exercido forte pressão sobre a Fed e o seu presidente, Jerome Powell, para uma flexibilização monetária mais significativa.
A influência política manifesta-se também na recente confirmação de Stephen Miran, um nomeado por Trump, para o conselho de governadores da Fed, e na tentativa, travada por um tribunal, de demitir a governadora Lisa Cook. Na véspera do anúncio, os mercados financeiros adotaram uma postura de cautela, com as bolsas em Wall Street e na Europa a registarem perdas ligeiras. O foco dos investidores, para além da dimensão do corte, estará na conferência de imprensa de Jerome Powell e nas projeções económicas atualizadas (o chamado "dot plot"). As suas declarações serão cruciais para perceber o rumo futuro da política monetária, com os mercados a anteciparem já cortes adicionais até ao final de 2025 e ao longo de 2026.
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