Mercados Divididos entre a Esperança da Paz na Ucrânia e a Expectativa dos Dados do Emprego nos EUA



A sessão de terça-feira revelou um cenário misto nas praças europeias, com Lisboa a liderar os ganhos, impulsionada pela EDP Renováveis e pelo BCP, enquanto Londres, Paris e Amesterdão fecharam em queda.
Nos Estados Unidos, o otimismo prevaleceu e Wall Street encerrou em alta, com os principais índices, como o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, a serem impulsionados pela recuperação do setor tecnológico. O setor tecnológico foi um dos principais motores dos ganhos em Nova Iorque, com as chamadas 'Sete Magníficas', incluindo Nvidia e Apple, a registarem valorizações.
A Boeing destacou-se com uma subida superior a 10% após anunciar que espera voltar a gerar cash flow em 2026.
O setor das criptomoedas também esteve em alta, com a Bitcoin a recuperar e a ultrapassar os 91.000 dólares, beneficiando empresas como a Coinbase.
A nível geopolítico, as atenções centraram-se nas negociações de paz para a Ucrânia.
Uma comitiva norte-americana, liderada por Steve Witkoff e Jared Kushner, reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin, num encontro de quase cinco horas descrito como "produtivo".
Esta iniciativa, promovida por Donald Trump, coincidiu com a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros da China a Moscovo.
A perspetiva de um fim para o conflito levou a uma queda de mais de 1% nos preços do petróleo e a uma valorização do rublo russo para máximos de maio de 2023 face ao dólar e ao euro. Em paralelo, os investidores aguardam com expectativa a divulgação de dados económicos nos EUA, nomeadamente o relatório de emprego do setor privado da ADP e o indicador de inflação preferido da Reserva Federal (Fed). Estes dados são considerados vitais para antecipar os próximos passos da Fed, com o mercado a prever um possível corte nas taxas de juro na reunião de dezembro. No mercado cambial, o euro valorizou face ao dólar, num dia em que o BCE rejeitou uma proposta da Comissão Europeia para usar ativos russos congelados como garantia de um empréstimo à Ucrânia, alegando que tal violaria os tratados da UE.












