A Corrida à IA Pesa em Wall Street: Investimentos Milionários da Meta e Microsoft Geram Incerteza no Mercado



As bolsas de Nova Iorque terminaram as sessões em terreno negativo, com o setor tecnológico a ser o principal responsável pelas perdas.
Os índices Dow Jones Industrial Average e S&P 500 caíram cerca de 0,23% e 1%, respetivamente, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite Index registou a queda mais acentuada, recuando mais de 1,5%.
Esta tendência negativa ofuscou o otimismo inicial de uma das sessões, que abriu em alta impulsionada pelos resultados positivos de empresas como a Amazon e a Apple.
A principal causa da apreensão dos investidores foram os resultados e as estratégias de investimento da Meta e da Microsoft. As ações da Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram, afundaram mais de 11%, eliminando mais de 200 mil milhões de dólares em valor de mercado. A queda abrupta seguiu-se ao anúncio de que a empresa iria aumentar o seu investimento em Inteligência Artificial para um valor entre 70 e 72 mil milhões de dólares.
A Microsoft também viu as suas ações caírem perto de 3%.
Segundo analistas, o mercado está cada vez mais preocupado com o tempo que poderá demorar até que estas empresas obtenham retorno dos seus consideráveis investimentos em IA, que no setor se aproximam dos 100 mil milhões de dólares.
Outros fatores contribuíram para a incerteza do mercado.
Os investidores mostraram-se pouco entusiasmados com um potencial acordo comercial entre os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, e a China.
Além disso, os comentários do presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, que indicaram que uma redução das taxas de juro em dezembro não era garantida, atenuaram o otimismo.
Em contraste com a tendência geral, a Amazon destacou-se positivamente, com as suas ações a dispararem mais de 13% numa sessão, preparando-se para adicionar cerca de 310 mil milhões de dólares ao seu valor de mercado.
No que diz respeito a outras praças financeiras, as principais bolsas europeias negociavam maioritariamente no vermelho.
Nos mercados de matérias-primas, o petróleo negociava em baixa, com o Brent a rondar os 64 dólares por barril e o WTI os 60 dólares.
No mercado cambial, o euro registava uma desvalorização face ao dólar.
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