Tratamento não comunicado de Lamine Yamal agrava tensão entre FC Barcelona e Federação Espanhola



Lamine Yamal, avançado de 18 anos do FC Barcelona, foi dispensado da convocatória da seleção espanhola para os jogos de qualificação para o Mundial de 2026, contra a Geórgia e a Turquia. A decisão foi tomada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) após ter sido informada, com "surpresa e desconforto", que o jogador fora submetido a um procedimento médico invasivo horas antes do início do estágio da equipa. O tratamento em questão foi um "procedimento invasivo de radiofrequência" para aliviar dores no púbis.
Segundo os comunicados da RFEF, o seu departamento médico não foi notificado previamente pelo clube.
A federação só teve conhecimento do procedimento na tarde de segunda-feira, tendo recebido um relatório detalhado na noite anterior, no qual era recomendando um período de repouso entre sete a dez dias para o atleta.
Esta falta de comunicação foi o motivo central do desagrado manifestado pela entidade federativa.
A reação do selecionador espanhol, Luis de la Fuente, espelhou a surpresa geral na federação.
Em entrevista, confessou nunca ter vivido uma situação semelhante, considerando-a pouco normal e afirmando que tanto a equipa técnica como o departamento médico foram apanhados de surpresa.
Perante a situação, e "priorizando a saúde e o bem-estar do atleta", a RFEF optou por dispensar Yamal, desejando-lhe uma rápida recuperação.
Este episódio é visto como mais um capítulo numa "guerra aberta" entre a federação e o FC Barcelona.
As tensões já se tinham agravado em setembro, quando o treinador do Barcelona, Hansi Flick, acusou Luis de la Fuente de não proteger devidamente Yamal, alegando que o jogador regressou ao clube com problemas físicos após a anterior paragem para as seleções.
A omissão de informação sobre o tratamento médico intensificou o conflito existente entre as duas instituições.
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