A Nova Estratégia de Kiev: Ucrânia Vende Armamento para Financiar Produção Interna



O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta segunda-feira um novo plano estratégico para reforçar a capacidade de defesa do país: a abertura de escritórios de exportação de armamento em Berlim e Copenhaga. Conforme comunicado à imprensa e citado pela agência Ukrinform, estes dois escritórios deverão estar operacionais até ao final do ano, com o propósito de vender o excedente de armamento produzido pela Ucrânia e, assim, obter recursos financeiros adicionais.
A escolha das capitais da Alemanha e da Dinamarca não é aleatória, visto que ambos os países são considerados aliados cruciais de Kiev desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. A receita proveniente destas vendas de equipamento militar será reinvestida diretamente no setor da defesa ucraniano.
Zelensky explicou que o dinheiro será canalizado para “a produção nacional de artigos escassos”, cuja produção o país tem tido dificuldade em financiar autonomamente. O Presidente garantiu que toda a operação será conduzida de forma legal e transparente, com a celebração de contratos formais, e que a exportação terá como base iniciativas de coprodução de armamento.
Para supervisionar este projeto no continente europeu, foi designado o conselheiro presidencial Oleksandr Kamishin.
O seu papel será representar as exportações ucranianas e gerir as operações a partir da Europa.
O contexto do apoio militar destes países anfitriões reforça a lógica da decisão.
Segundo o Instituto de Economia Mundial de Kiel, que monitoriza a ajuda internacional a Kiev, a Alemanha é o principal apoiante militar europeu, com um contributo de 17,7 mil milhões de euros. A Dinamarca, por sua vez, é o segundo maior contribuinte da União Europeia, com uma ajuda avaliada em 9,2 mil milhões de euros.
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