Zelensky e Trump reúnem-se na Florida para discutir plano de paz para a Ucrânia



O encontro, agendado para a propriedade de Donald Trump em Mar-a-Lago, na Florida, tem como objetivo principal finalizar uma nova proposta de paz para o conflito com a Rússia. A reunião, que não contará com a presença de representantes russos, surge num momento crítico, com a intensificação de ataques de Moscovo a Kyiv e com o presidente russo, Vladimir Putin, a avisar que alcançará os seus objetivos pela força caso não haja um acordo. Em cima da mesa está um plano de 20 pontos, que segundo Zelensky está "90% pronto". A proposta prevê o congelamento das atuais linhas da frente e a criação de zonas-tampão desmilitarizadas, admitindo pela primeira vez a possibilidade de concessões territoriais por parte de Kyiv, embora o presidente ucraniano insista que qualquer alteração de fronteiras terá de ser validada por referendo. Esta versão difere de uma proposta anterior de 28 pontos, apresentada pelos EUA, que incluía exigências russas como a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO, pontos agora removidos. Os principais pontos de discórdia, que constituem os restantes 10% do plano, prendem-se com questões territoriais, nomeadamente o futuro da região do Donbass, e o controlo da central nuclear de Zaporizhzhia. Washington pressiona a Ucrânia a retirar-se de partes de Donetsk, enquanto Kyiv rejeita a proposta de uma gestão conjunta da central nuclear com a participação da Rússia.
Antes da cimeira, Zelensky coordenou posições com vários líderes europeus e do Canadá, que lhe asseguraram "total apoio". O presidente do Conselho Europeu, António Costa, garantiu que o apoio da UE "não vacilará".
Após a reunião, está prevista uma conversa telefónica entre Zelensky, Trump e os líderes europeus para discutir os resultados.






















