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Proposta de Escudo Aéreo e Agressividade Russa

Perante a crescente agressividade russa e as repetidas violações do espaço aéreo de países da NATO, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs a criação de um escudo aéreo comum para proteger a Europa das ameaças de Moscovo.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs aos seus parceiros da NATO a criação de um escudo aéreo comum para deter as ameaças de Moscovo. O apelo, feito por videoconferência durante um fórum de segurança em Varsóvia, surge em resposta a recentes e repetidas incursões de drones e caças russos no espaço aéreo de países como a Polónia e a Estónia.

Zelensky argumenta que a Rússia está a "testar as vossas capacidades" e a tentar desviar a atenção da guerra na Ucrânia, sublinhando que "quase todas as ameaças à segurança da Europa vêm atualmente da Rússia".

O líder ucraniano defende que uma ação conjunta, aproveitando a capacidade militar e de produção da Ucrânia e dos seus aliados, poderia neutralizar a capacidade aérea russa e forçar Moscovo a procurar outras formas de coexistência. Esta proposta surge num contexto de escalada da agressividade russa contra os estados da Aliança Atlântica.

Nos últimos meses, registaram-se dezenas de incidentes, incluindo espionagem em instalações militares, ciberataques e a presença de navios espiões junto a cabos submarinos.

A retórica russa também se intensificou, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, a afirmar que a NATO e a UE já declararam uma "guerra real" contra o seu país.

Analistas sugerem que esta postura pode ser uma tentativa de testar o compromisso dos membros da NATO ou, inversamente, um sinal de fraqueza do Kremlin, que procura provocar medo nas sociedades ocidentais perante os reveses na Ucrânia.

A situação militar e económica da Rússia parece apoiar a segunda hipótese.

Em 2025, o exército russo conquistou apenas 0,6% do território ucraniano, sofrendo enormes baixas (pelo menos 200 mil mortos e feridos) e perdendo equipamento militar a um ritmo insustentável, sendo forçado a recorrer a tanques obsoletos.

A economia russa também enfrenta dificuldades, agravadas pelos ataques ucranianos a refinarias de petróleo, que causaram escassez de combustível e dilemas de produção. As sanções e a reorientação da economia para o esforço de guerra estão a afetar outros setores.

Face a esta situação, Zelensky insiste na necessidade de uma resposta unida e forte ("uma só voz"), apelando a sanções mais severas, incluindo a apreensão de bens russos congelados.

Alguns países europeus, como a Alemanha e a Polónia, já estão a rever a sua legislação para permitir o abate de drones e aeronaves que violem o seu espaço aéreo.

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