Estados Unidos propõem reunião conjunta com Ucrânia e Rússia em Miami para negociar acordo de paz



Num desenvolvimento significativo nos esforços diplomáticos para terminar a guerra na Ucrânia, o Presidente Volodymyr Zelensky revelou que os Estados Unidos propuseram uma reunião trilateral em Miami, juntando pela primeira vez negociadores ucranianos, russos e norte-americanos.
Esta nova ronda de conversações, que conta também com a presença de representantes da Alemanha, França e Reino Unido, visa discutir um plano de paz liderado por Washington.
A delegação russa é liderada pelo enviado do Kremlin, Kirill Dmitriev, enquanto a Ucrânia é representada pelo secretário do Conselho de Segurança Nacional, Rustem Umerov. Do lado americano, a mediação está a cargo dos enviados da Casa Branca, Steve Witkoff e Jared Kushner, e do Secretário de Estado, Marco Rubio.
O plano de paz norte-americano já passou por várias versões. Inicialmente, foi criticado por alegadamente corresponder às exigências de Moscovo, incluindo a cedência de territórios ocupados e a renúncia à adesão à NATO. Segundo Zelensky, a proposta atual, cujos detalhes não são públicos, ainda envolve concessões territoriais por parte da Ucrânia em troca de garantias de segurança ocidentais. Contudo, persistem divergências profundas, com a Rússia a manter a exigência de que a Ucrânia ceda todo o território que ainda controla na região de Donbas.
As posições permanecem distantes.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que "a bola está do lado de Kiev e dos seus patrocinadores europeus", assegurando que irá atingir os seus objetivos militares. Por sua vez, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sublinhou que Washington não pode forçar um acordo e que ambas as partes têm de estar dispostas a ceder, embora o Presidente Donald Trump tenha instado Kiev a agir rapidamente. Zelensky, embora reconhecendo progressos nas negociações com os EUA, alertou que a Rússia se prepara para mais um ano de guerra em 2026.
O líder ucraniano também rejeitou firmemente a legitimidade de Putin para decidir sobre eleições na Ucrânia, considerando-as inviáveis nos territórios ocupados.


















