Volodymyr Zelensky e 34 países aprovam órgão para compensações à Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, obteve o apoio formal de 34 países para a criação de um órgão destinado a gerir as compensações pelos danos da guerra, ao mesmo tempo que intensifica a pressão sobre os aliados europeus para utilizarem os ativos russos congelados no esforço de defesa.

Numa decisão formalizada esta terça-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e representantes de outros 34 países deram luz verde aos planos para a criação de um órgão de compensação.

O principal objetivo desta nova entidade é estabelecer um mecanismo claro e funcional para indemnizar a Ucrânia pelos extensos danos materiais e humanos resultantes da invasão em larga escala iniciada pela Rússia.

A aprovação deste órgão marca um avanço concreto na busca por justiça e reparação para o povo ucraniano.

Paralelamente a esta iniciativa, Zelensky continua a pressionar os seus parceiros internacionais noutras frentes financeiras e diplomáticas.

O líder ucraniano reiterou o seu apelo aos aliados europeus para que cheguem a um consenso e tomem uma decisão sobre o destino dos ativos russos congelados no âmbito das sanções contra Moscovo.

Perante uma Europa que se mostra ainda dividida sobre a legalidade e as implicações de tal medida, Zelensky insiste na necessidade urgente de utilizar estes fundos para financiar a defesa do seu país e, eventualmente, a sua reconstrução. A vertente diplomática dos esforços de Kiev foi também destacada durante um discurso de Zelensky no parlamento holandês.

O presidente garantiu que as negociações para pôr fim ao conflito estão a ser "intensas" e sublinhou que a diplomacia deve ter como foco principal fazer com que a Rússia seja forçada a respeitar as normas internacionais.

Segundo Zelensky, é imperativo que Moscovo "aprenda a viver segundo o estado de direito", um princípio fundamental para garantir uma paz duradoura e justa na região.