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Estudo da Zero sobre mobilidade em Lisboa e Porto

Um estudo da associação ambientalista Zero revela que o automóvel particular continua a ser o meio de transporte mais rápido nos acessos a Lisboa e ao Porto, propondo a criação de corredores exclusivos para autocarros como solução prioritária.
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A associação Zero - Sistema Terrestre Sustentável apresentou um estudo, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, que compara os tempos de viagem em transporte público, carro privado e bicicleta entre as freguesias mais populosas das Áreas Metropolitanas de Lisboa (AML) e do Porto (AMP) e os seus centros económicos. A principal conclusão é que, na hora de ponta da manhã, o automóvel apresenta tempos de viagem inferiores na maioria dos trajetos analisados, enquanto o transporte público exige frequentemente mais do que um transbordo, diminuindo a sua atratividade.

Para contrariar esta tendência, a Zero defende a criação de corredores exclusivos para autocarros nas principais vias rápidas e autoestradas de acesso a Lisboa e Porto, que se prolonguem até aos centros das cidades com prioridade semafórica.

Em Lisboa, a associação destaca a necessidade de uma via dedicada na A5 e no IC19. No Porto, propõe um corredor na A43 e A20.

Segundo a Zero, esta medida, combinada com a otimização de paragens, poderia encurtar os tempos de viagem dos autocarros entre 20% e 40%, tornando-os mais rápidos que o carro. O estudo aponta ainda outras soluções, como a criação de Zonas de Zero Emissões (ZZE) com trânsito de veículos privados "fortemente condicionado", a eletrificação das frotas de transporte público e o reforço da sua frequência.

Para a Área Metropolitana do Porto, a análise sublinha o grande potencial da bicicleta, que em muitos percursos se revela mais rápida que o automóvel se for considerado o tempo de estacionamento.

Nesse sentido, a Zero recomenda a criação de um sistema de bicicletas partilhadas integrado no passe intermodal e o desenvolvimento de uma rede de ciclovias. Adicionalmente, a associação ambientalista refere a necessidade de reforçar a habitação acessível nos concelhos centrais de Lisboa e Porto, articulada com uma rede de transporte público eficaz, ou garantir conexões eficientes para os restantes concelhos das áreas metropolitanas.

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