Briefing: Avisos à população

A emissão de alertas meteorológicos generalizados pelo IPMA, que abrangeram todo o continente, reflete a severidade da depressão “Benjamim”.

As autoridades de proteção civil responderam com avisos específicos à população, focados na prevenção de acidentes rodoviários e nos riscos de cheias e deslizamentos, especialmente em áreas vulneráveis por incêndios recentes.

Os incidentes registados em Leiria e Coimbra confirmaram a pertinência dos alertas, demonstrando o impacto real das condições meteorológicas adversas nas infraestruturas urbanas.

As fortes chuvas em São Miguel resultaram em mais de 30 ocorrências, com destaque para inundações que danificaram casas e arrastaram veículos em Água de Pau, obrigando ao realojamento de pessoas em Ponta Delgada. O IPMA emitiu avisos amarelos para sete ilhas, e a Proteção Civil foi mobilizada para responder aos incidentes, que também levaram ao cancelamento de uma visita presidencial à ilha do Corvo.

A crescente crise habitacional motivou protestos em Lisboa e no Porto, onde cidadãos desesperados denunciaram atrasos de mais de um ano nos apoios à renda do IHRU. A falta de resposta dos canais oficiais e o número limitado de atendimentos presenciais agravaram a situação, levando o próprio presidente do instituto a admitir a gravidade do problema.

Os manifestantes exigem uma intervenção governamental urgente para resolver as falhas sistémicas no apoio à habitação.

A ANEPC alertou as populações em zonas ardidas para o risco elevado de cheias e deslizamentos de terras com as primeiras chuvas. A perda de vegetação torna os solos impermeáveis, aumentando o perigo de arrastamento de detritos e contaminação de águas. Foram recomendadas medidas preventivas, como a limpeza de sistemas de escoamento, para minimizar os impactos.

A Ministra do Ambiente alertou que a resolução dos acessos bloqueados a praias em Grândola, como a da Raposa e Pinheirinho, pode não estar pronta para o próximo verão.

Apesar de as decisões sobre novos estacionamentos e acessos estarem tomadas, a execução das obras é demorada.

O problema, causado por empreendimentos turísticos, continua a limitar o acesso público à costa alentejana.

Loulé foi certificado pela UNESCO como o primeiro município português preparado para tsunamis, um reconhecimento que valida o seu plano de mitigação de riscos. O projeto incluiu a criação de mapas de inundação, rotas de evacuação sinalizadas e a instalação de sirenes de alerta em pontos estratégicos como Vilamoura.

A iniciativa, embora positiva, serve como um aviso constante à população e aos turistas sobre a vulnerabilidade da costa a estes fenómenos extremos.

Numa resposta à diminuição de candidatos, o Governo alterou os requisitos para entrar na PSP, aumentando a idade máxima para 35 anos e eliminando a altura mínima. A medida, publicada em Diário da República, serve como um aviso público e visa alargar o universo de recrutamento para a força de segurança, que tem enfrentado uma quebra acentuada de candidaturas nos últimos anos.

A decisão do Governo de concentrar as urgências de obstetrícia da Península de Setúbal no Hospital Garcia de Orta gerou forte oposição. O PCP e sindicatos médicos alertam para os riscos para as grávidas, que terão de percorrer maiores distâncias, e para a insustentabilidade do modelo.

Este plano constitui um aviso público sobre uma reestruturação profunda e controversa no acesso aos cuidados de saúde materna na região.

A decisão da Câmara de Lisboa de limitar as refeições vegetarianas ocasionais nas escolas a partir de 2026, alegando a redução do desperdício, gerou uma onda de críticas. Pais e a organização WWF consideram a medida um retrocesso e discriminatória, lançando uma petição que contesta a restrição à liberdade de escolha e ignora os benefícios de dietas mais sustentáveis.

O aviso da autarquia transformou-se num debate local sobre políticas alimentares e ambientais.

Um troço da EN114, que liga a Ribeira de Santarém à cidade, estará encerrado por 300 dias para obras de estabilização de um talude, num investimento de 1,6 milhões de euros. O aviso da Infraestruturas de Portugal informa que o trânsito será desviado pela Ponte Salgueiro Maia, prevendo-se constrangimentos significativos na mobilidade local durante o período da intervenção.