Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O acordo alivia as tensões comerciais imediatas, especialmente no setor automóvel, e impulsiona a confiança dos mercados. Contudo, a manutenção de tarifas sobre o aço e o alumínio demonstra que as fricções comerciais entre os dois países ainda não foram totalmente resolvidas.

A reação do mercado asiático, liderada pelo setor automóvel japonês, evidencia o alívio imediato dos investidores perante a redução das tensões comerciais com os EUA, dissipando receios de uma guerra tarifária mais severa e impulsionando a confiança na economia regional.

O forte desempenho das ações automóveis europeias reflete a esperança dos investidores de que a UE possa assegurar um acordo comercial com os EUA nos moldes do pacto nipo-americano, afastando a ameaça de tarifas punitivas que pesam sobre o setor.

O fecho misto de Wall Street, com um novo recorde para o S&P 500, demonstra um mercado em compasso de espera, equilibrando o otimismo de um novo máximo com a cautela perante os iminentes resultados das grandes tecnológicas e os prazos das negociações comerciais.

Apesar da queda no resultado líquido devido a efeitos não recorrentes, a Iberdrola reforça a sua aposta estratégica no crescimento internacional com um significativo aumento de capital, visando expandir a sua base de ativos de rede e consolidar a sua posição nos mercados norte-americano e britânico.

Os resultados da General Motors evidenciam os desafios enfrentados pelo setor automóvel, com a desaceleração do mercado de elétricos e a pressão das políticas tarifárias a impactarem negativamente a rentabilidade e a forçarem ajustamentos estratégicos na produção.

A retoma das negociações entre EUA e China em Estocolmo sinaliza a intenção de ambas as partes em evitar uma escalada tarifária, procurando estender a trégua comercial e abordar desequilíbrios estruturais, num contexto de cooperação cautelosa.

A decisão do Tribunal Geral da UE mantém a condenação do cartel bancário no mercado cambial, mas a redução substancial da multa ao Credit Suisse evidencia falhas processuais da Comissão Europeia no cálculo das sanções, abrindo a porta a futuros recursos.

A expectativa generalizada é de que o BCE faça uma pausa no ciclo de cortes de juros, mantendo as taxas estáveis. O foco dos mercados estará totalmente na comunicação de Christine Lagarde, procurando sinais sobre a trajetória futura da política monetária face à incerteza económica e tensões comerciais.

Os acordos com as Filipinas e a Indonésia demonstram a continuidade da política comercial de Donald Trump, que utiliza a ameaça de tarifas como ferramenta de negociação para garantir maior acesso aos mercados estrangeiros e reduzir o défice comercial dos EUA.