Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

A bolsa de Nova Iorque encerrou a semana com recordes nos índices S&P 500 e Nasdaq, impulsionada pelo otimismo em relação a acordos comerciais e aos sólidos resultados empresariais, apesar da expectativa em torno da reunião da Reserva Federal e do prazo para as tarifas.

O Grupo Volkswagen registou uma queda acentuada nos lucros semestrais devido ao impacto de 1,3 mil milhões de euros das tarifas norte-americanas e a elevados custos de reestruturação, forçando uma revisão em baixa das suas previsões anuais.

Após resultados financeiros fracos, a Intel anunciou uma reestruturação drástica que inclui o despedimento de milhares de funcionários e o cancelamento de grandes projetos de fábricas na Alemanha e Polónia, visando maior disciplina financeira e alinhamento da produção com a procura real.

A Tesla reportou a maior quebra trimestral de receitas da última década, provocando uma queda de 9% nas suas ações e uma perda de 17 mil milhões de dólares no património de Elon Musk, num sinal de que a confiança dos investidores está a diminuir.

O índice PSI fechou em queda, pressionado pela reação negativa dos investidores aos resultados semestrais de empresas-chave como a Navigator e a Altri, cujos lucros sofreram quedas acentuadas, ofuscando o bom desempenho de outras cotadas como o grupo EDP.

A Media Capital reverteu a sua situação financeira no primeiro semestre, alcançando um lucro de 14 mil euros, em contraste com os prejuízos de 2,7 milhões no ano anterior. O crescimento das receitas e o controlo dos custos foram fundamentais para esta recuperação.

O Grupo Parpública aumentou o seu lucro consolidado para 195,5 milhões de euros em 2024, um crescimento de 6,8%, impulsionado pelo bom desempenho de todos os seus segmentos de negócio, apesar de o resultado líquido da holding individual ter diminuído devido a dividendos extraordinários não recorrentes no ano anterior.

A Pharol reverteu a sua trajetória de perdas ao alcançar um lucro de 2,12 milhões de euros no primeiro semestre, impulsionado por ganhos financeiros, reembolsos fiscais e controlo de custos, sinalizando uma estabilização do seu desempenho financeiro.

Os lucros da Sonaecom caíram 56,6% no primeiro semestre, para 21,4 milhões de euros, um resultado largamente explicado pela menor contribuição da NOS, cujos resultados do ano anterior haviam sido inflacionados por ganhos extraordinários não recorrentes.

As ações da Puma desvalorizaram quase 18% depois de a empresa ter cortado as suas previsões de vendas e lucro para 2025, culpando o impacto adverso das tarifas comerciais norte-americanas, o que evidencia a forte exposição do setor às tensões geopolíticas.