Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O acordo representa um alívio nas tensões comerciais globais, beneficiando particularmente o setor automóvel, mas mantém barreiras protecionistas em materiais estratégicos como o aço e o alumínio, refletindo uma abordagem seletiva da administração norte-americana.

A resposta positiva e generalizada dos mercados, com destaque para o setor automóvel, evidencia a importância do acordo para a estabilidade do comércio global e o alívio que representa para uma indústria que se encontrava sob forte pressão tarifária.

O mercado norte-americano demonstrou resiliência ao atingir um novo recorde no S&P 500, mas a queda do Nasdaq evidencia a ansiedade dos investidores em relação aos resultados das grandes empresas de tecnologia, que serão cruciais para definir a direção do mercado a curto prazo.

A cautela dominou os mercados europeus, com os investidores a adotarem uma postura de espera face à incerteza em torno da política monetária do BCE e do desfecho das tensões comerciais transatlânticas, resultando numa sessão de perdas para a maioria dos índices.

A marcação de novas negociações de alto nível sinaliza um esforço contínuo de ambas as partes para evitar uma escalada na guerra comercial, procurando estender a trégua e abordar desequilíbrios económicos estruturais.

Apesar da queda contabilística nos lucros, a Iberdrola sinaliza uma forte aposta estratégica na expansão em mercados regulados e estáveis como os EUA e o Reino Unido, recorrendo a um substancial aumento de capital para financiar este crescimento.

Os resultados da General Motors refletem os desafios enfrentados pelo setor automóvel, incluindo a desaceleração do mercado de elétricos e a crescente pressão das políticas tarifárias, que levaram a uma revisão em baixa das projeções financeiras para o ano.

A celebração de acordos com as Filipinas e a Indonésia reforça a estratégia comercial da administração Trump de usar a pressão tarifária para negociar bilateralmente a abertura de mercados, consolidando uma série de pactos antes do prazo final de agosto.

A gigante de bebidas demonstrou um desempenho financeiro robusto, alavancado pelo mercado europeu, ao mesmo tempo que respondeu a pressões políticas com uma adaptação estratégica do seu produto principal no mercado doméstico.

Os resultados financeiros da Philip Morris confirmam o sucesso da sua aposta estratégica em produtos sem fumo, que se consolidam como o principal motor de crescimento da empresa e já representam uma parte substancial da sua faturação global.