Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O fecho negativo de Wall Street na segunda-feira reflete um movimento de realização de lucros após a euforia causada pelos comentários de Jerome Powell.

Os investidores aguardam agora novos dados económicos e resultados empresariais para reavaliar as perspetivas do mercado e da política monetária da Fed.

O PSI encerrou a sessão de ontem com uma queda significativa de 0,79%, em linha com a maioria das praças europeias.

O desempenho negativo foi impulsionado por perdas acentuadas em cotadas de grande capitalização, nomeadamente do setor energético, num dia marcado pela aversão ao risco.

A forte desvalorização das ações da EDP Renováveis e da EDP foi o principal motor da queda da bolsa de Lisboa. O receio de um ambiente regulatório menos favorável a projetos de energias renováveis nos EUA, após uma decisão da administração Trump, penalizou severamente o setor.

A Mota-Engil foi uma das cotadas mais penalizadas na sessão de ontem, com uma queda de 3,08% que a colocou no topo das perdas do PSI.

A forte desvalorização reflete o sentimento negativo generalizado do mercado, com a pressão vendedora a estender-se para a sessão seguinte.

A decisão dos CTT de suspender temporariamente os envios postais para os EUA penalizou as ações da empresa, que caíram 1,15%.

A notícia gerou incerteza sobre o impacto operacional e financeiro, mantendo a pressão vendedora sobre o título no dia seguinte.

As bolsas europeias tiveram um desempenho predominantemente negativo, com o CAC 40 de Paris a liderar as perdas devido a tensões políticas internas.

O sentimento geral foi de cautela e realização de lucros, com a maioria dos principais índices a encerrar no vermelho.

A bolsa de Paris foi a mais penalizada na Europa devido à incerteza política interna.

A convocação de uma moção de confiança pelo primeiro-ministro para aprovar medidas orçamentais gerou receios de instabilidade governativa, provocando uma forte queda no índice CAC 40.

As declarações de Jerome Powell continuaram a ecoar nos mercados, sustentando a expectativa de um corte de juros em setembro.

Após um forte otimismo inicial na sexta-feira, a segunda-feira foi marcada pela cautela, com os investidores a aguardarem novos dados que possam confirmar ou alterar a trajetória da Fed.

As bolsas asiáticas fecharam em terreno negativo, contagiadas pela queda registada em Wall Street.

O otimismo inicial gerado pelas perspetivas de um corte de juros nos EUA foi suplantado pela aversão ao risco, levando a perdas generalizadas nos principais mercados da região.

O dia de ontem foi marcado por uma clara aversão ao risco no mercado de matérias-primas. O preço do petróleo Brent caiu perante os receios de um abrandamento económico, enquanto o ouro, agindo como ativo de refúgio, registou uma subida na sua cotação.