Briefing: Cinema - Estreias do mês

A escolha de “Banzo” para representar Portugal nos Óscares sublinha a aposta do cinema nacional em temas históricos e socialmente relevantes, abrindo um debate sobre o passado colonial.

O reconhecimento prévio do filme em outros certames fortalece a sua candidatura, apesar da polémica em torno do seu protagonista.

A vitória de “Father Mother Sister Brother” em Veneza consagra a abordagem subtil e humanista de Jim Jarmusch, contrastando com o tom político que marcou a edição do festival.

O palmarés refletiu tanto a excelência cinematográfica como as urgências do presente, com um destaque claro para a situação na Palestina.

O anúncio de “The Super Mario Galaxy Movie” solidifica a intenção da Nintendo e da Illumination de construir uma grande franquia cinematográfica, capitalizando o enorme sucesso do primeiro filme. A escolha da temática “Galaxy” aponta para uma sequela mais ambiciosa em termos visuais e narrativos, expandindo o universo de Mario para novas fronteiras.

A estreia de “The Long Walk – O Desafio” representa um marco para os admiradores de Stephen King, ao trazer à vida uma das suas histórias mais viscerais e antigas.

A abordagem fiel e intransigente do realizador Francis Lawrence à violência da obra original resultou num filme aclamado pela crítica e que promete não deixar o público indiferente.

“Downton Abbey: Grand Finale” representa o culminar de um fenómeno televisivo e cinematográfico, proporcionando um desfecho para as histórias das suas acarinhadas personagens.

O filme visa satisfazer as expectativas dos fãs com um final que equilibra drama, nostalgia e uma reflexão sobre a passagem do tempo e a necessidade de mudança.

Com uma atuação central elogiada de Nicolas Cage, “O Surfista” utiliza um conflito aparentemente simples para mergulhar em temas complexos como a crise da masculinidade e a perda de identidade. O filme oferece um retrato cru e desconfortável de um homem em desintegração, afirmando-se como um thriller psicológico provocador.

“A Pianista” marca uma tentativa de diversificar o panorama cinematográfico português, aventurando-se no thriller psicológico com elementos de ficção científica.

A obra de Nuno Bernardo explora dilemas éticos e a dor do luto num cenário invulgar para o género, contribuindo para alargar as fronteiras do cinema nacional.

“A Mulher que Morreu de Pé” oferece um retrato não convencional e artístico de Natália Correia, afastando-se da biografia tradicional para mergulhar na essência do seu espírito livre e contestatário. O filme de Rosa Coutinho Cabral é um convite à redescoberta de uma das figuras mais marcantes da cultura portuguesa do século XX.

O sucesso de “O Diabo do Entrudo” em diversos festivais internacionais confirma o interesse global pelas tradições culturais portuguesas e a eficácia do cinema documental como ferramenta de preservação e divulgação. O filme de Diogo Varela Silva tem sido fundamental para levar o nome de Lazarim e a riqueza do seu património além-fronteiras.

O MOTELX 2025 reforça a sua missão de promover o cinema de terror, dando especial atenção à produção portuguesa e à valorização do papel das mulheres na indústria.

Com a criação do Prémio Noémia Delgado e uma competição nacional robusta, o festival não só exibe o melhor do género a nível mundial, como também fomenta ativamente o talento e a diversidade no panorama cinematográfico.