Briefing: Empresas de tecnologia

O investimento de 10 mil milhões de dólares da Microsoft em Sines para uma gigafábrica de IA, anunciado na Web Summit, representa um passo decisivo para Portugal se consolidar como um hub digital e de inovação na Europa. A parceria com a Start Campus e a Nscale, juntamente com o apoio governamental, materializa a estratégia do país para atrair investimento tecnológico de ponta e liderar no desenvolvimento de IA.

Perante uma multa de quase 3 mil milhões de euros e a ameaça de desmantelamento do seu negócio de publicidade pela UE, a Google propôs um plano de reformas para aumentar a concorrência nas suas plataformas. A empresa tenta apaziguar os reguladores europeus enquanto prepara um recurso judicial, evidenciando o contínuo conflito entre as big tech e as autoridades de concorrência.

A decisão da Upwork de abrir em Lisboa o seu primeiro escritório internacional, com a criação de 100 empregos, valida a estratégia da cidade para se afirmar como um hub tecnológico europeu. Este movimento, justificado pela qualidade do talento local, reforça o ecossistema de inovação português e o seu poder de atração de unicórnios e investimento estrangeiro.

Ao superar a marca das 5.000 startups ativas, Portugal não só cumpre uma meta estratégica do PRR, como também demonstra a vitalidade do seu ecossistema de inovação.

O setor apresenta um crescimento robusto em volume de negócios, emprego qualificado e exportações, entrando numa nova fase de consolidação e afirmando-se como um pilar estrutural da economia portuguesa.

O interesse da Qualcomm em investir em Portugal representa uma oportunidade estratégica para o país atrair um ator-chave da indústria global de semicondutores. A concretização deste investimento parece depender da capacidade de Portugal e da Europa em desenvolverem um ecossistema de fabrico de semicondutores, um objetivo alinhado com as atuais ambições políticas nacionais e europeias.

O primeiro ano da Digi em Portugal foi de forte disrupção no mercado de telecomunicações, com uma rápida aquisição de clientes impulsionada por preços competitivos. Contudo, a empresa enfrenta agora o desafio de estabilizar as suas operações, melhorar a qualidade do serviço e alcançar a rentabilidade financeira após uma fase de investimento intensivo.

O forte crescimento de 38% nos lucros e de 17% nas receitas da Sonae nos primeiros três trimestres de 2025 reflete o sucesso da sua estratégia de diversificação e a robustez operacional dos seus negócios.

O desempenho, liderado pela MC e pela Worten, não só impulsionou a rentabilidade, como também gerou uma forte valorização das suas ações em bolsa, confirmando a confiança dos investidores.

A Siemens capitaliza os seus lucros recorde de 10,4 mil milhões de euros para impulsionar uma nova fase de crescimento focada na Inteligência Artificial, com um investimento de mil milhões de euros.

Esta aposta estratégica visa consolidar a sua liderança na digitalização industrial e posicionar a empresa na vanguarda da inovação tecnológica.

A suspensão da falência da Oi pelo tribunal brasileiro prioriza o interesse público e a continuidade de serviços de telecomunicações essenciais, colocando o foco em alegada má gestão em vez de inviabilidade económica.

A decisão dá uma nova oportunidade à operadora para se reestruturar sob o plano de recuperação judicial, evitando um colapso com vastas consequências sociais e económicas.

A venda da Frulact por 600 milhões de euros à italiana Nexture representa um marco significativo para a indústria alimentar portuguesa e um caso de sucesso de investimento de private equity. A transação valida a trajetória de crescimento global da empresa e posiciona-a para uma nova fase de expansão, agora integrada num dos maiores grupos europeus de ingredientes alimentares.