Briefing: Guerra da Ucrânia vs Rússia

As incursões de drones sobre a Europa intensificaram a perceção de uma guerra híbrida russa, levando a uma mobilização defensiva da UE, como a proposta de um "muro de drones".

Em contraste, a Rússia nega o seu envolvimento e utiliza a situação para uma guerra psicológica, desvalorizando as preocupações europeias.

A retórica de Vladimir Putin visa dissuadir o reforço militar europeu através de ameaças de uma resposta "convincente".

Ao mesmo tempo, procura minar a unidade ocidental, descrevendo as preocupações europeias como "histeria" e instando os líderes a concentrarem-se nos seus problemas internos em vez da guerra na Ucrânia.

O mais recente relatório da ONU pinta um quadro sombrio da guerra, destacando não só o aumento drástico de vítimas civis, mas também as graves e sistemáticas violações de direitos humanos por parte da Rússia nos territórios ocupados, que visam suprimir a identidade ucraniana.

A cimeira de Copenhaga demonstrou um forte consenso político para reforçar a defesa aérea europeia com um "muro de drones", mas revelou desafios significativos relacionados com o financiamento e o cronograma de implementação, expondo as diferentes perceções de ameaça entre os Estados-membros.

O prolongado corte de energia na central de Zaporizhzhia eleva o risco de um desastre nuclear a um nível sem precedentes, com a Ucrânia e os seus parceiros internacionais a apelarem à cessação das hostilidades russas na área, enquanto Moscovo nega as acusações, num impasse perigoso.

A potencial entrega de mísseis Tomahawk à Ucrânia coloca o conflito num ponto de viragem, oferecendo a Kiev uma vantagem estratégica significativa, mas arriscando uma perigosa escalada e uma rutura ainda mais profunda nas relações entre Washington e Moscovo.

A vitória esmagadora do partido pró-europeu na Moldova representa um passo firme em direção à integração na UE e uma demonstração de resiliência democrática face a uma intensa campanha de interferência russa, reconfigurando o alinhamento geopolítico da região.

A Rússia está a escalar a sua guerra híbrida na Europa, utilizando sabotagem, desinformação e agentes recrutados localmente para criar instabilidade e dividir os aliados da NATO.

Esta estratégia representa uma ameaça direta à segurança europeia, para além do conflito convencional na Ucrânia.

O ataque massivo da Rússia a Kiev e outras cidades ucranianas demonstra uma estratégia de terror deliberado contra civis, resultando em múltiplas vítimas e danos generalizados. A ofensiva provocou uma resposta de alerta da vizinha Polónia, evidenciando os riscos de escalada regional.

A proposta de usar os lucros dos ativos russos congelados para apoiar a Ucrânia representa uma abordagem inovadora e politicamente popular para financiar a guerra, mas enfrenta obstáculos legais e a resistência da Bélgica, que teme as repercussões financeiras e jurídicas de tal medida.