Briefing: Crime e Justiça

Um jovem de 23 anos foi detido e colocado em prisão preventiva como principal suspeito do esfaqueamento mortal de um turista norte-americano em Cascais.

O crime, que ocorreu após uma altercação por motivos fúteis, resultou ainda num ferido grave e está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

No caso da morte de Odair Moniz, dois agentes da PSP foram constituídos arguidos por falso testemunho, suspeitos de mentir sobre a presença de uma faca para justificar os disparos fatais.

Este desenvolvimento ocorre enquanto se aguarda o início do julgamento do polícia acusado de homicídio.

Um relatório da APAV indica que mais de 2.800 pais pediram ajuda por violência infligida pelos filhos nos últimos três anos, um aumento de 27%. A vergonha, a culpa e o medo de represálias levam a que quase metade dos casos não sejam denunciados às autoridades, perpetuando um ciclo de vitimação silenciosa.

Nuno Pardal Ribeiro, antigo dirigente do Chega, vai a julgamento por crimes de recurso à prostituição de menores, depois de um tribunal de instrução ter considerado haver indícios suficientes para a pronúncia.

O arguido, que nega as acusações, renunciou aos seus cargos políticos após o caso se tornar público.

Um psicólogo foi detido pela PJ sob a acusação de ter abusado sexualmente, durante mais de dois anos, de uma paciente menor que o procurou para superar traumas de abusos anteriores. O caso representa uma grave violação da ética profissional e um ato de revitimização.

Inicialmente considerada acidental, a morte do fundador da Mango, Isak Andic, está agora sob investigação como homicídio.

O seu filho, Jonathan, tornou-se o principal suspeito após as autoridades detetarem contradições no seu relato sobre a queda fatal do pai numa montanha em Espanha.

Um agente da PSP foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio, após o tribunal concluir que não agiu em legítima defesa ao matar um assaltante. A decisão judicial sustenta que o uso da arma de serviço foi desnecessário e teve como motivação ocultar um encontro sexual que antecedeu o assalto.

Luís Pina, membro de uma claque do Benfica, entregou-se para cumprir uma pena de quatro anos de prisão pelo homicídio por negligência grosseira de Marco Ficini, um adepto italiano, em 2017. O caso, um dos mais graves de violência no futebol português, chega assim à sua fase de execução da pena.

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, João Cura Mariano, fez um forte apelo à reforma do sistema judicial, criticando a “apatia” política que impede a modernização e a celeridade processual, especialmente na jurisdição administrativa e fiscal.

A PSP alertou para um aumento de casos sinalizados de tráfico de seres humanos para Portugal, abrangendo exploração laboral e sexual. De forma preocupante, foi também destacada a deteção de situações suspeitas de “importação de crianças para adoção”, o que levou a um reforço da vigilância nos aeroportos.