Briefing: Notícias sobre medicamentos

O aumento de 40% na resistência aos antibióticos em cinco anos, conforme relatado pela OMS, constitui uma crise de saúde global que ameaça a eficácia da medicina moderna. A crescente resistência de bactérias comuns a tratamentos de primeira linha exige uma ação internacional urgente, focada na vigilância, no uso responsável de medicamentos e na inovação para evitar um retrocesso na capacidade de tratar infeções.

A campanha de vacinação sazonal demonstra uma forte adesão inicial, com centenas de milhares de pessoas imunizadas contra a gripe e a COVID-19. A estratégia de envolver o SNS e as farmácias comunitárias, juntamente com a expansão da vacinação gratuita para crianças, reforça o compromisso de Portugal em proteger a saúde pública e minimizar o impacto das doenças respiratórias no inverno.

A crise de abastecimento de medicamentos na Europa, motivada por dependências na produção e falhas na cadeia de distribuição, representa uma ameaça significativa à saúde pública. A decisão de Portugal de proibir a exportação de fármacos essenciais é uma medida reativa a um problema estrutural que exige uma estratégia europeia coesa para garantir a segurança e a disponibilidade de tratamentos.

A fiscalização da ASAE ao mercado de suplementos alimentares revelou irregularidades graves, incluindo falsificação e rotulagem incorreta, sublinhando os riscos para o consumidor.

A falta de uma regulação mais estrita, comparável à dos medicamentos, alimenta a desinformação e a comercialização de produtos com promessas infundadas, tornando a vigilância contínua essencial para a saúde pública.

A investigação da Universidade de Coimbra sobre a inibição de microARN para tratar feridas em diabéticos representa um avanço promissor na medicina regenerativa.

Ao demonstrar uma cicatrização acelerada e mais robusta, o estudo abre portas para novas terapias que podem reduzir drasticamente as complicações graves associadas à diabetes, como as amputações, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

A revelação de que 52% dos portugueses consideram usar medicamentos para emagrecer espelha uma preocupante procura por soluções rápidas, muitas vezes sem o devido acompanhamento médico.

Embora existam tratamentos farmacológicos eficazes e seguros para a obesidade, os especialistas alertam que estes devem ser integrados num plano terapêutico supervisionado, combatendo a desinformação e promovendo hábitos de vida sustentáveis.

Um estudo influente defende a remoção da folha de coca da lista de narcóticos da ONU, argumentando que a sua classificação atual é cientificamente infundada e ignora a sua importância cultural e medicinal.

A reavaliação pela OMS poderá corrigir um erro histórico, alinhando as políticas de drogas com a evidência científica e reconhecendo a distinção fundamental entre a planta e a droga processada.

A osteoporose em Portugal é um desafio de saúde pública agravado pela falta de diagnóstico e pela fraca adesão aos tratamentos. A desinformação e a normalização da fragilidade óssea como parte do envelhecimento impedem a prevenção eficaz de fraturas incapacitantes, sendo crucial aumentar a literacia em saúde e promover a adesão a medidas preventivas e terapêuticas.

A suspensão de dois distribuidores romenos e o subsequente alerta do Infarmed destacam a importância da vigilância transfronteiriça para garantir a segurança da cadeia de abastecimento de medicamentos. A medida preventiva visa proteger os utentes portugueses de produtos potencialmente falsificados, cuja qualidade e eficácia não podem ser asseguradas, reforçando a necessidade de cumprir rigorosamente as boas práticas de distribuição.

O sucesso de uma terapia genética experimental para a SCID representa um marco na medicina, demonstrando a capacidade de corrigir defeitos genéticos para tratar doenças raras e fatais.

Com a maioria das crianças a recuperar a função imunitária, esta abordagem oferece uma alternativa promissora e potencialmente curativa ao transplante de medula óssea, trazendo nova esperança às famílias.