Briefing: Notícias da Rússia

A batalha por Pokrovsk intensificou-se, tornando-se um ponto fulcral da guerra, caracterizado por uma forte ofensiva russa e uma resistência determinada da Ucrânia.

Enquanto Moscovo alega um cerco completo e apela à rendição, Kiev nega estas informações, reforça as suas posições com tropas de elite e reconhece a dificuldade da situação, evidenciando a importância estratégica da cidade para o controlo do Donbass.

Os recentes testes de armas estratégicas pela Rússia, como o drone Poseidon e o míssil Burevestnik, juntamente com o uso do míssil 9M729 na Ucrânia, elevaram as tensões nucleares a um novo patamar. A resposta dos EUA, ao anunciar a retoma dos seus próprios testes, confirma a entrada numa nova fase de competição armamentista, com a Rússia a justificar as suas ações como uma resposta à "histeria militarista" europeia.

O cancelamento da cimeira Trump-Putin evidencia um profundo impasse diplomático, com a Rússia a manter uma posição maximalista sobre a Ucrânia que Washington considera inaceitável.

Este fracasso, combinado com novas sanções dos EUA e a escalada militar russa, assinala um período de crescente deterioração nas relações entre as duas potências.

A Rússia está a conduzir uma guerra híbrida multifacetada contra a Europa, combinando espionagem, incursões de drones e propaganda para desestabilizar os países da NATO e da UE.

Incidentes na Bélgica, Polónia e Alemanha demonstram uma campanha coordenada que visa testar as defesas europeias e minar a segurança interna do continente, alargando o conflito para além das fronteiras da Ucrânia.

Com a aproximação do inverno, a Rússia intensificou a sua estratégia de atacar sistematicamente a rede energética da Ucrânia, utilizando um número crescente de drones e mísseis. Estes ataques causam danos significativos e cortes de energia generalizados, numa tentativa de minar a resiliência da população civil, levando a UE a reforçar o seu apoio energético de emergência a Kiev.

A Rússia está a implementar um quadro legal para uma 'mobilização silenciosa', que permite a convocação de milhões de reservistas para a guerra sem uma declaração formal.

Esta estratégia visa garantir a sustentabilidade do esforço militar a longo prazo, tanto na Ucrânia como em potenciais conflitos futuros, refletindo a crescente militarização da sociedade e da economia russas.

A redução de tropas americanas na Roménia assinala uma reconfiguração estratégica no flanco leste da NATO, com a França a assumir um papel de liderança para compensar a diminuição da presença dos EUA. Embora Washington garanta que o seu compromisso com a aliança se mantém, a decisão levanta questões sobre a perceção de Moscovo e a capacidade da Europa de garantir a sua própria segurança.

Um estudo aprofundado revela que, apesar das suas capacidades tecnológicas, a Europa está em clara desvantagem militar terrestre face à Rússia.

O relatório do IFRI insta os países europeus a acelerarem o rearmamento, aumentarem a produção industrial de defesa e reforçarem o apoio à Ucrânia para evitar um futuro confronto direto com Moscovo.

A Hungria de Viktor Orbán continua a desafiar a unidade da UE e da NATO, mantendo uma política externa favorável a Moscovo.

Ao bloquear a adesão da Ucrânia e ao procurar isenções das sanções, Budapeste aprofunda as divisões internas no bloco ocidental, priorizando os seus interesses energéticos e a sua relação com a Rússia em detrimento de uma frente comum contra a agressão no leste europeu.

A reação da diplomacia russa ao colapso de uma torre em Roma, ligando o trágico acidente ao apoio italiano à Ucrânia, provocou uma forte repreensão de Itália e uma crise diplomática. O incidente evidencia a deterioração das relações e a utilização de uma retórica hostil por parte de Moscovo contra os aliados de Kiev.