Briefing: Presidenciais 2026

O lançamento do movimento "Geração 26", com o apoio de uma figura popular como Miguel Oliveira, representa uma manobra estratégica de Luís Marques Mendes para captar o voto jovem, focando a sua campanha em causas específicas e numa imagem de modernidade e futuro.

António José Seguro procura consolidar a sua candidatura presidencial através de um apelo à união de democratas e progressistas, apresentando-se como uma figura de consenso capaz de liderar um projeto pluralista para o país.

Face a um declínio nas sondagens, Henrique Gouveia e Melo ajusta a sua estratégia de campanha, trocando um tom moderado por uma retórica mais assertiva e focada na necessidade de uma "grande transformação" para Portugal, procurando assim reenergizar a sua base de apoio.

A candidatura de António Filipe distingue-se pela forte ênfase na defesa dos direitos dos trabalhadores, dos serviços públicos e da soberania nacional, criticando as políticas do Governo e as cedências da União Europeia, consolidando o seu espaço à esquerda no panorama presidencial.

A saída de Mário Centeno do Banco de Portugal e a sua recetividade a um futuro político, aliada à abertura do PS, posicionam-no como um potencial e influente candidato presidencial, capaz de reconfigurar a corrida no centro-esquerda.

A eventual entrada de Rui Moreira na corrida presidencial é o principal fator de incerteza no panorama eleitoral, com potencial para redefinir as alianças e fragilizar candidaturas já estabelecidas, sobretudo no centro-direita.

A posição de André Ventura de só se candidatar à Presidência em "último caso" reflete uma estratégia calculada para focar-se no crescimento do Chega como partido de governo, mantendo em aberto o jogo de apoios para as eleições de 2026.

A decisão de Marcelo Rebelo de Sousa sobre a Lei dos Estrangeiros foi maioritariamente apoiada pelos candidatos presidenciais do centro-esquerda, que a consideraram uma medida prudente e necessária para garantir o respeito pela Constituição, criticando a pressa do Governo e dos seus aliados parlamentares.

O acordo de tarifas entre a UE e os EUA serviu de palco para os candidatos presidenciais expressarem as suas visões sobre política externa e economia, com posições que vão desde o realismo pragmático de Marques Mendes à crítica contundente de Seguro e Filipe sobre a submissão europeia.

O apoio de António Lobo Xavier a Luís Marques Mendes reforça a candidatura do social-democrata no espaço do centro-direita e aumenta a pressão sobre o CDS-PP para definir a sua posição na corrida presidencial, num momento em que a moderação é apresentada como um valor central.