Briefing: Empresas na bolsa

A performance da Oracle na última semana funcionou como um alerta para os investidores, evidenciando os riscos associados aos elevados custos e à incerteza do retorno financeiro na corrida à IA, o que provocou uma reavaliação do risco em todo o setor tecnológico.

A volatilidade das ações da Nvidia evidencia uma nova fase no mercado de IA, onde os investidores, apesar de reconhecerem o potencial da empresa, mostram-se mais exigentes e cautelosos face às elevadas valorizações, penalizando a empresa no curto prazo.

A performance bolsista da Broadcom, após a divulgação dos seus resultados, reforçou a narrativa de ceticismo em Wall Street, servindo como mais um sinal de alerta para os investidores sobre os desafios de rentabilidade e as altas valorizações no setor da Inteligência Artificial.

A proposta da Nasdaq de operar 23 horas por dia é um desenvolvimento corporativo marcante que visa capitalizar a procura global por ações dos EUA, promovendo maior liquidez e acessibilidade, e alinhando a bolsa com a natureza ininterrupta dos mercados modernos.

A Mota-Engil evidenciou-se como um dos títulos mais dinâmicos do PSI, com o seu desempenho a oscilar entre fortes ganhos, impulsionados por fundamentais sólidos como o EBITDA recorde, e correções, refletindo a cautela dos investidores em relação ao seu endividamento.

Impulsionado por uma avaliação favorável do Deutsche Bank e por fundamentais robustos, como a redução da dívida e o aumento dos lucros, o BCP alcançou um novo máximo anual em bolsa, consolidando a sua posição como um dos pilares do desempenho positivo do PSI.

A Jerónimo Martins destacou-se pela sua capacidade de atingir margens operacionais recorde, mesmo sob pressão concorrencial, um feito que lhe valeu o reconhecimento de analistas e a confiança dos investidores, traduzida num desempenho bolsista consistentemente positivo.

A Teixeira Duarte registou uma semana de ganhos excecionais, com uma subida acumulada que a colocou entre as empresas com melhor desempenho do PSI, refletindo um forte e súbito interesse comprador por parte dos investidores.

O desempenho da Galp em bolsa foi um reflexo direto da instabilidade no mercado petrolífero, com a queda do Brent a pressionar negativamente as suas ações, apesar de a empresa ter registado valorizações nalgumas sessões e de ter anunciado uma importante parceria estratégica.

Apesar de ter sido penalizada pela correção geral no setor tecnológico, a Alphabet demonstrou já ter capacidade de monetizar os seus investimentos em IA, um fator que poderá sustentar a confiança dos investidores a longo prazo, para além da volatilidade recente do mercado.