Briefing: Últimas sobre cibersegurança

A Comissão Europeia, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais, questionou formalmente a Apple, Google, Snapchat e YouTube sobre as suas medidas de proteção de menores, refletindo uma maior urgência regulatória. Esta ação, embora não seja uma investigação formal, sinaliza uma fiscalização mais apertada e a possibilidade de sanções significativas, pressionando as plataformas a garantir ambientes online mais seguros para as crianças.

O sistema Full Self-Driving da Tesla está a ser investigado pela NHTSA nos EUA devido a relatos de violações graves das regras de trânsito, como ignorar semáforos vermelhos e circular em contramão.

A investigação abrange quase 3 milhões de veículos e questiona a segurança de uma tecnologia que, apesar do nome, exige supervisão constante do condutor, expondo a tensão entre o marketing da empresa e a realidade da sua capacidade técnica.

Uma falha de segurança num fornecedor externo do Discord resultou na exposição de dados de utilizadores, incluindo potencialmente milhões de fotografias de documentos de identificação. A empresa minimizou a escala do incidente e recusou-se a pagar o resgate exigido pelos hackers, evidenciando os riscos da cadeia de abastecimento digital e a crescente audácia dos cibercriminosos.

O suporte ao Windows 10 termina a 14 de outubro de 2025, deixando milhões de PCs vulneráveis a ciberataques por falta de atualizações de segurança. A exigência de hardware para o Windows 11 impede muitas atualizações, o que levanta preocupações de segurança e ambientais, com a possibilidade de um aumento massivo de lixo eletrónico.

A proposta de lei 'Chat Control' da UE, que imporia a análise de todas as comunicações digitais privadas, sofreu um grande revés com a oposição formal da Alemanha.

A medida, criticada por minar a encriptação e a privacidade, levou a plataforma Signal a ameaçar sair da Europa, evidenciando o profundo conflito entre segurança e direitos fundamentais no espaço digital.

Um ataque DDoS de grande escala atingiu simultaneamente as maiores plataformas de jogos do mundo, como Steam, PlayStation e Xbox, causando uma interrupção global dos serviços.

O incidente, que afetou milhões de jogadores, expôs a fragilidade da infraestrutura digital da indústria do entretenimento e os prejuízos significativos que tais ataques podem infligir.

A China aumentou a fiscalização sobre a importação de chips avançados, visando especialmente os produtos da Nvidia, para fazer cumprir as proibições internas e combater o contrabando. Esta ação reflete a estratégia de Pequim para reduzir a dependência tecnológica dos EUA e fortalecer os seus próprios fabricantes de semicondutores, intensificando a "guerra dos chips" global.

Em setembro, Portugal atingiu um recorde de 2.061 ciberataques semanais por organização, um aumento de 5% que desafia a tendência de queda global. Os dados da Check Point Research sublinham uma vulnerabilidade crescente no país e a necessidade de reforçar as defesas digitais, especialmente face a novas ameaças como os riscos de fuga de dados associados à IA Generativa.

Um grupo de hackers comprometeu dados de 39 grandes empresas, como Google e Disney, através de um ataque a clientes da Salesforce.

Os atacantes lançaram um site para expor os dados e exigir resgates, mas a Salesforce afirmou que não irá negociar nem pagar, alertando os clientes para a provável divulgação pública das informações roubadas.

Em 2025, hackers ligados à Coreia do Norte roubaram um valor recorde de 2 mil milhões de dólares em criptomoedas, elevando o total para mais de 6 mil milhões. Estes fundos ilícitos são, segundo as Nações Unidas, um pilar fundamental para o financiamento do programa de armas nucleares do país, transformando o cibercrime numa ameaça direta à segurança internacional.