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Segunda-feira, Setembro 22

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ARDITI assinala 32.º aniversário

A ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação assinala este ano o seu 32.º aniversário.  “Celebrar 32 anos é celebrar as pessoas que nos trouxeram até aqui e reafirmar o nosso compromisso com o futuro. Queremos continuar a ser uma instituição que transforma conhecimento em valor para a sociedade”, sublinha Rui Caldeira, presidente da ARDITI, em nota emitida à imprensa.  A mesma nota realça que, "ao longo destas três décadas, a ARDITI tem escrito uma hi

Source LogoDiário de Notícias Madeira
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JLS investe 30 ME em produção e abastecimento de hidrogénio em Mangualde

A JLS – Transportes Internacionais, sediada em Viseu, anunciou hoje um investimento em Mangualde de 30 milhões de euros (ME) em produção e abastecimento de hidrogénio, o primeiro posto em Portugal direcionado para mobilidade e indústria. “É o primeiro, e único até agora, no país, que permitirá abastecer de hidrogénio para a mobilidade e indústria. […] The post JLS investe 30 ME em produção e abastecimento de hidrogénio em Mangualde first appeared on Jornal do Centro.

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Alunos de Reguengos conquistam prémios em mostra de ciência no Brasil

De acordo com a Fundação da Juventude, os jovens cientistas apresentaram o trabalho “Monitorização da população de pega-rabuda (Pica pica) na cidade Reguengos de Monsaraz enquanto dormitório da espécie (2022-2025)” e conquistaram o primeiro lugar na categoria das Ciências Biológicas. Além desta distinção, receberam ainda o prémio que garante o acesso à “Ciência Jovem”, uma […] O conteúdo Alunos de Reguengos conquistam prémios em mostra de ciência no Brasil aparece primeiro em Alentejo Ilustrado.

Source LogoAlentejo Ilustrado
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Alunas de Azambuja em destaque em concurso europeu de jovens cientistas

Uma aluna da escola Carolina Michaëlis, no Porto, venceu o segundo prémio do Concurso Europeu de Jovens Cientistas, organizado pela Comissão Europeia, no valor de 5.000 euros, foi hoje divulgado pela Fundação da Juventude. De acordo com um comunicado, Carolina Coelho, da Escola Básica e Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, arrecadou o segundo prémio com […] The post Alunas de Azambuja em destaque em concurso europeu de jovens cientistas first appeared on Notícias do Sorraia.

Source LogoNotícias do Sorraia
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Âmbar com 112 milhões de anos revela um ecossistema antigo completo

Dentro de uma pedra de âmbar, esconde-se um segredo com 112 milhões de anos. É a primeira grande descoberta deste tipo no continente sul-americano — são 5 ordens de insetos, preservadas na perfeição. Uma equipa de cientistas descobriu num jazigo no Equador um ecossistema completo preservado em âmbar — estava literalmente congelado no tempo há 112 milhões de anos. Nesta primeira grande descoberta de âmbar, relativamente raro, no continente, como a descreve a Science Alert, constam, preservados, pelo menos cinco ordens de insetos, incluindo várias moscas, um escaravelho dos fungos, vespas e um tricóptero, bem como evidências de atividade aracnídea,

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O escoamento glaciar da Gronelândia está a provocar explosões de vida nos oceanos

Simulações apoiadas pela NASA revelam que a água do degelo do glaciar Jakobshavn da Gronelândia traz à superfície os nutrientes das profundezas do oceano, provocando grandes florescências estivais de fitoplâncton que alimentam a cadeia alimentar do Ártico.Em Qeqertarsuup Tunua, na Gronelândia Ocidental, uma floração secundária de verão segue-se à floração da primavera no Ártico, aumentando a produtividade primária anual.O escoamento do manto de gelo da Gronelândia está a fazer ascender os nutrientes das profundezas do oceano e a impulsionar o crescimento do fitoplâncton, segundo um novo estudo apoiado pela NASA. Os cientistas utilizaram computadores de última geração para simular a vida marinha e a física em colisão num fiorde turbulento. Os oceanógrafos estão empenhados em compreender o que move estes minúsculos organismos semelhantes a plantas, que absorvem dióxido de carbono e alimentam as pescas em todo o mundo.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. O manto de gelo com um quilómetro de espessura da Gronelândia está a derramar cerca de 293 mil milhões de toneladas de gelo por ano. Durante o degelo no pico do verão, mais de 1.200 metros cúbicos de água doce são escoados para o mar a cada segundo, a partir do glaciar Jakobshavn, também conhecido como Sermeq Kujalleq, o glaciar mais ativo do manto de gelo. As águas encontram-se e caem a centenas de metros abaixo da superfície. A pluma de água de fusão é fresca e mais flutuante do que a água salgada circundante. À medida que sobe, os cientistas levantaram a hipótese de estar a fornecer nutrientes como o ferro e o nitrato - um ingrediente chave dos fertilizantes - ao fitoplâncton que flutua à superfície.As florações sazonais de fitoplâncton nas águas costeiras da Gronelândia constituem a base das cadeias alimentares marinhas e contribuem para a absorção de carbono pelo oceano.Os investigadores seguem estes organismos microscópicos porque, embora mais pequenos do que uma cabeça de alfinete, são titãs da teia alimentar dos oceanos. Habitando todos os oceanos, desde os trópicos até às regiões polares, alimentam o krill e outros herbívoros que, por sua vez, sustentam animais maiores, incluindo peixes e baleias. Um trabalho anterior, utilizando dados de satélite da NASA, revelou que a taxa de crescimento do fitoplâncton nas águas do Ártico aumentou 57% só entre 1998 e 2018. Uma infusão de nitrato proveniente das profundezas seria especialmente importante para o fitoplâncton da Gronelândia no verão, depois de a maioria dos nutrientes ter sido consumida pelos florescimentos anteriores da primavera. Mas a hipótese tem sido difícil de testar ao longo da costa, onde o terreno remoto e os icebergues tão grandes como quarteirões complicam as observações a longo prazo. Mar de dados Para recriar o que estava a acontecer nas águas à volta do glaciar mais ativo da Gronelândia, a equipa utilizou um modelo do oceano desenvolvido no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge. Este modelo contém quase todas as medições oceânicas disponíveis recolhidas por instrumentos marítimos e de satélite ao longo das últimas três décadas. Isto equivale a milhares de milhões de pontos de dados, desde a temperatura e salinidade da água até à pressão no fundo do mar. O modelo chama-se Estimating the Circulation and Climate of the Ocean-Darwin (ECCO-Darwin). Os investigadores verificaram que esta ressurgência aumenta a produtividade de verão em 15–40% em Qeqertarsuup Tunua, mas a absorção anual de dióxido de carbono aumenta em apenas ~3% devido à solubilidade reduzida nas águas ressurgidas pela pluma. Simular “a biologia, a química e a física em conjunto”, mesmo numa bolsa ao longo das 43.000 quilómetros de costa da Gronelândia, é um enorme problema matemático, observou o autor principal Michael Wood, um oceanógrafo computacional da Universidade Estatal de San José. Para o resolver, a equipa construiu um “modelo dentro de um modelo dentro de um modelo” para se aproximar dos pormenores do fiorde no sopé do glaciar. Recorrendo a supercomputadores do Centro de Investigação Ames da NASA, no Vale do Silício, os cientistas concluíram que os nutrientes das águas profundas, arrastados para cima pelo escoamento glaciar, seriam suficientes para aumentar o crescimento do fitoplâncton no verão em 15 a 40% na área de estudo. Mais mudanças a caminho Poderá o aumento do fitoplâncton ser uma bênção para os animais marinhos e as pescas da Gronelândia? Carroll afirmou que o esclarecimento dos impactos no ecossistema levará tempo. Prevê-se que o degelo do manto de gelo da Gronelândia acelere nas próximas décadas, afetando tudo, desde o nível do mar e a vegetação terrestre até à salinidade das águas costeiras. Artigo relacionadoParque Nacional da Gronelândia do Nordeste: o maior Santuário Natural do Mundo Algumas alterações parecem estar a ter um impacto positivo e negativo no ciclo do carbono: a equipa calculou a forma como o escoamento do glaciar altera a temperatura e a química da água do mar no fiorde, tornando-a menos capaz de dissolver o dióxido de carbono. No entanto, essa perda é anulada pelo aumento da proliferação de fitoplâncton, que absorve mais dióxido de carbono do ar ao fazer fotossíntese. Referência da notícia Michael Wood, Dustin Carroll, Ian Fenty, Clément Bertin, Basil Darby, Stephanie Dutkiewicz, Mark Hopwood, Ala Khazendar, Lorenz Meire, Hilde Oliver, Tara Parker & Josh Willis. Increased melt from Greenland’s most active glacier fuels enhanced coastal productivity. Communications Earth & Environment (2025).

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Inteligência artificial ajuda a prever sismos do supervulcão mais perigoso da Europa

A nova abordagem do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, em Itália, conduziu a estimativas mais precisas dos riscos sísmico e vulcânico na caldeira dos Campos Flégreos, na região de Nápoles.Vista área da caldeira dos Campos Flégreos captada por drone. Foto: Alessandro Fedele, investigador do INGVConsiderada uma das caldeiras vulcânicas mais perigosas do mundo devido ao seu potencial de erupção, os Campos Flégreos, a 15 quilómetros a oeste do centro de Nápoles, em Itália, têm mobilizado a atenção de cientistas por todo o mundo. Sendo o mais ameaçador da Europa, a atividade vulcânica é intensa, mas os especialistas estão também preocupados com aumento das suas emissões de dióxido de carbono (CO₂).O supervulcão Campos Flégreos (ou Campi Flegrei) é uma caldeira vulcânica situada na região da Campânia com 40 vulcões individuais, distribuídos por 13 km. Esta vasta área abriga uma estrutura geológica complexa com 24 crateras, geiseres, fontes termais e edificações vulcânicas. A crescente atividade ocorre principalmente na cratera Solfatara, hoje em estado de atividade fumarólica (emissões de gases quentes) e hidrotermal (poços de lama ferventes). Considerada um laboratório natural para o estudo da vulcanologia, a área deste conjunto geológico tem libertado, desde 2005, emissões diárias entre quatro mil e cinco mil toneladas de CO₂.Uma erupção com impacto climático à escala planetáriaNão é por acaso que os vulcanólogos chamam os Campos Flégreos de supervulcão. Este sistema vulcânico, extremamente poderoso, é capaz de produzir erupções milhares de vezes mais potentes do que os vulcões cónicos. Uma única erupção dos Campos Flégreos poderia expelir mais de mil quilómetros cúbicos de material vulcânico (cinzas, gases, piroclastos, aerossóis e fragmentos maiores). O bloqueio da luz solar por essas enormes nuvens vulcânicas poderia resultar num impacto climático à escala global, com uma queda drástica das temperaturas do planeta, destruição maciça da vegetação, contaminação dos solos e água, e interrupção de ciclos ecológicos.Os vários tons de vermelho no mapa indicam diferentes profundidades de sismos. Imagem: Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV)A sua vigilância é por isso uma prioridade para os especialistas, envolvendo diferente técnicas, como monitorização de terremotos, medições da deformação do solo e análises dos gases emitidos pelas fumarolas. IA traz maior rigor na previsão sísmicaCom o advento da inteligência artificial (IA), há uma nova esperança, entre os investigadores, que conseguiram agora prever com maior rigor os riscos sísmicos e vulcânicos da caldeira dos Campos Flégreos.Artigo relacionadoPreocupação crescente na zona do maior “supervulcão” da Europa: os terramotos estão a aumentar, o que dizem os geólogos?Segundo o estudo coordenado pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), de Itália, os dados obtidos através da IA permitiram detalhar com alta precisão um sistema de falhas ativo, fornecendo informações valiosas sobre o fenómeno bradissismo, que deforma a crosta da Terra provocando sismos na caldeira dos Campos Flégreos.O que é o fenómeno bradissismo? É o movimento lento de subida ou descida da crosta terrestre causado por ação vulcânica, resultando na elevação ou rebaixamento do solo numa área. O trabalho conduziu à identificação de mais de 50 mil sismos entre 2022 e meados de 2025, mostrando que quase todos os eventos sísmicos têm origem tectónica, com profundidades inferiores a quatro quilómetros.A investigação, publicada na revista Science, foi realizada por uma equipa internacional de cientistas do Departamento de Geofísica da Escola de Sustentabilidade Doerr de Stanford, nos Estados Unidos, do Observatório do Vesúvio do INGV e da Universidade de Nápoles Federico II.O estudo permitiu identificar um sistema de falhas em anel, uma região de intensa atividade sísmica e vulcânica. Essas fraturas detetadas ao redor da caldeira estão bem definidas, estendendo-se tanto em terra como no Golfo de Nápoles, podendo levar, de acordo com os autores do estudo, a estimativas mais precisas do perigo e risco sísmico na região.A crescente atividade sísmica dos Campos Flégreos ocorre principalmente na cratera Solfatara, na cidade de Pozzuoli. Foto: Graeme Churchard, C BY 2.0, via FlickrO novo sistema de análise de sinais sísmicos baseado na inteligência artificial, implementado durante a investigação, já está operacional, podendo a partir de agora reforçar a vigilância da atividade vulcânica e sísmica dos Campos Flégreos.Atividade sísmica bate recorde em 2024A população da região de Nápoles habituou-se aos sismos e tremores de terra frequentes como o registado em março deste ano, quando a cidade foi atingida por um sismo de magnitude de 4,4 na escala de Richter.Artigo relacionadoÉ mais provável de que se pensava que o supervulcão de Itália entre em erupçãoA atividade sísmica nos Campos Flégreos tem crescido nos últimos anos, com um aumento na frequência e intensidade dos tremores. Segundo o INGV, só no ano de 2023 foram contabilizados mais de 2800 tremores, com a área de Pozzuoli particularmente afetada. O recorde, todavia, foi registado no ano passado, com 6740 sismos, tendo o enxame sísmico (série de tremores na mesma região), continuado em 2025. A caldeira dos Campos Flégreos formou-se há 40 mil anos após uma erupção vulcânica catastrófica. O fenómeno resultou no colapso de uma grande área da crosta terrestre, criando uma caldeira vulcânica e não um vulcão tradicional em forma de cone. A população da região teme que o supervulcão possa entrar em erupção a qualquer momento. A última vez que tal aconteceu foi em 1538. Desde então, não houve outro incidente, mas a formação está instável há mais de 70 anos. Durante este período, a cidade costeira de Pozzuoli foi levantada em quase quatro metros.Referências da notíciaCAMPI FLEGREI | Artificial Intelligence applied to develop a high-definition seismic catalog. Instituto Nazionale de Geofisica e Vulcanologia.Xing Tan, Anna Tramelli, Sergio Gammaldi, Gregory C. Beroza, William L. Ellsworth & Warner Marzocchi. A clearer view of the current phase of unrest at Campi Flegrei caldera. Science

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Fenómeno português de 18 anos ajudou a explicar a energia escura e venceu medalha internacional

Carolina Coelho venceu a medalha de prata de um prémio da Comissão Europeia para jovens cientistas. A aluna portuguesa apresentou um modelo alternativa viável ao modelo canónico ΛCDM, para explicar a energia escura. O projeto 100% português “Observational constraints on vector-like dark Energy” recebeu, esta sexta-feira, o segundo prémio do EUCYS – EU Contest for Young Scientists, organizado pela Comissão Europeia, equivalente a 5000 euros. Carolina Coelho, aluna da Escola Básica e Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, é o fenómeno de 18 anos que elevou mais alto o nome de Portugal. Coordenado pela professora Elsa Alves e pelo investigador Carlos

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Primeira Quinta Ciência Viva abre no concelho do Fundão dia 23

A Quinta Ciência Viva das Cerejas e das Ideias, em Alcongosta, irá abrir portas ao público no dia 23, terça-feira, numa parceria entre a Câmara Municipal do Fundão, a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior. Esta Quinta será a primeira… O conteúdo Primeira Quinta Ciência Viva abre no concelho do Fundão dia 23 aparece primeiro em Rádio Clube da Covilhã.

Source LogoRádio Clube da Covilhã
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Os geólogos enganaram-se: os meandros não precisam de plantas para fluir

Investigadores de Stanford revelam que os meandros existiam muito antes das plantas. Esta descoberta sugere que as planícies aluviais ricas em carbono moldaram o clima durante milhares de milhões de anos.A forma como os rios se movem, seja através de meandros de fio único ou de entrelaçamento de múltiplos fios, está ligada a ciclos biogeoquímicos de longo e curto prazo.Os rios têm geralmente dois estilos: os entrançados, que são geralmente largos, mas rasos, e formam-se em encostas bastante íngremes e onde a margem do rio é facilmente erodida, e os sinuosos (meandros), em que um único canal corta curvas em S através de uma paisagem. O que são rios entrançados?Rios entrançados ou, em inglês, "braided rivers", possuem uma grande quantidade de rochas e areia que são carregados ao longo do fundo do rio. Quando a quantidade de água que flui através de canais individuais diminui, o rio despeja esse material criando ilhas e barras ao longo do seu curso.Os geólogos há muito que pensam que, antes da vegetação, os rios corriam predominantemente em padrões entrançados, formando apenas formas sinuosas depois de a vida vegetal se ter enraizado e estabilizado as margens dos rios.No entanto, um novo estudo sugere que a teoria de que os rios entrançados dominaram os primeiros 4 bilhões de anos da história da Terra é baseada em uma interpretação errada do registro geológico. A investigação demonstra que os rios sinuosos não vegetados podem deixar depósitos sedimentares que parecem enganosamente semelhantes aos dos rios entrançados.Até agora, os geólogos acreditavam que o aparecimento de vegetação em rios entrançados tinha dado lugar aos rios sinuosos, mas, aparentemente, não é bem assim.Esta distinção é crucial para a nossa compreensão da ecologia e do clima primitivos da Terra, uma vez que o tipo de rio determina durante quanto tempo os sedimentos, o carbono e os nutrientes são armazenados nas planícies aluviais.A contabilização exata das reservas de carbono criadas pelos rios sinuosos pode ajudar os cientistas a construir modelos mais abrangentes do clima antigo e futuro da Terra. As planícies de inundação lamacentas dos rios sinuosos - ecossistemas dinâmicos criados ao longo de milhares de anos pelo transbordar dos rios - estão entre os reservatórios de carbono não marinho mais abundantes do planeta. Os níveis de carbono na atmosfera, sob a forma de dióxido de carbono, atuam como termóstato da Terra, regulando a temperatura ao longo de vastas escalas temporais. A contabilização exata das reservas de carbono criadas pelos rios sinuosos pode ajudar os cientistas a construir modelos mais abrangentes do clima antigo e futuro da Terra. Onde o rio corre Para avaliar o impacto da vegetação nos padrões dos canais dos rios, os investigadores examinaram imagens de satélite de cerca de 4500 curvas em 49 meandros atuais. Cerca de metade dos rios deste tipo não tinha vegetação e a outra metade tinha vegetação densa ou parcial. Os investigadores concentraram-se nas barras pontuais - as formas de terreno arenoso que se desenvolvem nas curvas interiores dos rios sinuosos à medida que o fluxo de água deposita sedimentos.Acreditava-se que os rios sinuosos (meandros) tinham evoluído juntamente com plantas enraizadas há mais de 400 milhões de anos, como sugerem os indicadores geológicos de fluxo sinuoso. No entanto, esta visão pode estar a mudar.Ao contrário das barras arenosas que se formam no meio dos rios entrançados, as barras pontuais tendem a migrar lateralmente para longe do centro dos rios. Ao longo do tempo, esta migração contribui para as formas sinuosas características dos canais dos rios sinuosos. Reconhecendo que estas barras arenosas se formam em locais diferentes consoante o estilo do rio, os geólogos mediram durante décadas a trajetória das barras no registo rochoso para revelar os antigos percursos dos rios.As rochas, tipicamente de arenitos e lamas, fornecem provas de estilos divergentes de rios, porque cada uma deposita diferentes tipos e quantidades de sedimentos formadores de rochas, dando aos geólogos pistas para reconstruir as geometrias de rios antigos. Se os arenitos apresentassem pouca variação no ângulo de migração das barras, os geólogos interpretavam que as barras se moviam a jusante e, portanto, que um rio entrançado tinha criado os depósitos.Usando esta técnica, os geólogos notaram que os rios mudaram a forma como se comportavam na altura em que as plantas evoluíram na Terra. Esta observação levou à conclusão de que as plantas terrestres tornaram possível a meandrização dos rios, por exemplo, ao reterem sedimentos e estabilizarem as margens dos rios.Este estudo contraria a história amplamente aceite de como eram as paisagens quando a vida vegetal evoluiu pela primeira vez na Terra.Ao analisar rios modernos com uma grande variedade de coberturas vegetais, os investigadores mostraram que as plantas alteram consistentemente a direção da migração das barras. Especificamente, na ausência de vegetação, as barras pontuais tendem a migrar para jusante - como as barras do meio do canal fazem nos rios entrançados. Os rios ao longo do tempo Estas descobertas oferecem uma nova e provocadora janela para as eras passadas da Terra, alterando a imagem convencional de como os rios esculpiram os continentes. Se, de facto, as planícies aluviais carregadas de carbono foram estabelecidas de forma muito mais extensa ao longo da história, os cientistas poderão ter de rever os modelos das principais oscilações climáticas naturais ao longo do tempo, com implicações para a nossa compreensão das alterações climáticas em curso. Artigo relacionadoSaiba quais os rios estão a ser renaturalizados para combater secas e cheias em PortugalMichael Hasson, estudante de doutoramento no laboratório de Mathieu Lapôtre na Stanford Doerr School of Sustainability afirma que: “A compreensão da forma como o nosso planeta vai responder às alterações climáticas induzidas pelo homem depende da existência de uma linha de base exata sobre a forma como respondeu a perturbações passadas. O registo rochoso fornece essa base, mas só é útil se o interpretarmos com precisão”. Referência da notícia Michael Hasson, Alvise Finotello, Alessandro Ielpi, and Mathieu G. A. Lapôtre. Vegetation changes the trajectory of river bends. Science (2025).

Source LogoTempo.pt
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Encontro final do AtlantECO juntou dezenas de investigadores para debater microbiomas, poluição por microplásticos e cooperação científica no Atlântico

O projecto europeu AtlantECO, que ao longo de quatro anos estudou os microbiomas, a conectividade do Atlântico e o impacto dos microplásticos, encerrou com uma conferência nos Açores que reuniu dezenas de investigadores e decisores políticos da Europa, do Brasil e da África do Sul. Diana Sousa, da SPI Açores, e Hugo Sarmento, professor da […]

Source LogoCorreio dos Açores
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Os níveis de dióxido de carbono eram mais baixos nas Idades do Gelo?

Uma circulação vigorosa no Pacífico teve um efeito particular no Oceano Antártico, mostrando-nos se os níveis de dióxido de carbono eram mais elevados nas anteriores Idades do Gelo.Os investigadores revelaram um mecanismo crucial que permitiu que 50% menos carbono escapasse do Oceano Antártico durante a Idade do Gelo. Crédito da foto: Madison ShankleUma nova investigação da Universidade de St Andrews revelou um mecanismo crucial que permitiu a fuga de menos 50% de carbono do longínquo Oceano Antártico para a atmosfera durante a Idade do Gelo - uma circulação mais vigorosa no Pacífico.Influência do longínquoAtualmente, grandes volumes de carbono escapam do Oceano Antártico para a atmosfera, sobretudo na zona do Pacífico. Isto deve-se ao facto de a circulação no Pacífico ser lenta, o que permite a acumulação de muito carbono nas suas águas. A maior parte deste carbono viaja para sul, para o Oceano Antártico, onde sobe à superfície e escapa para a atmosfera.No entanto, durante a última idade do gelo, o Pacífico registou uma circulação mais vigorosa, de acordo com dados recolhidos no Pacífico Norte num estudo anterior. Num novo estudo, simulações de modelos revelaram que uma circulação tão vigorosa reduziu o teor de carbono destas águas do Pacífico, deslocando o carbono para águas mais profundas, e que este efeito é tão profundo que se estende até ao Oceano Antártico. Artigo relacionadoCientistas demonstram que o aquecimento global está a acelerar a libertação de dióxido de carbono das rochas do ÁrticoCom as águas com baixo teor de carbono a alimentarem a superfície, a taxa global de libertação de gases no Oceano Austral foi reduzida em 50%, em média. Ao restringir esta “fuga” de carbono do oceano, os investigadores sugerem que esta circulação vigorosa do Pacífico pode ter tido um papel fundamental na redução dos níveis de CO2 atmosférico, conduzindo a Terra a um clima de idade do gelo. Este resultado foi significativo, uma vez que o efeito na libertação de gases do Oceano Austral foi desencadeado por dinâmicas que ocorreram no longínquo Pacífico Norte.“Este resultado pode ajudar a explicar por que razão os níveis de CO2 atmosférico foram muito mais baixos durante os períodos glaciares”, explica o Dr. Madison Shankle, da Escola de Ciências da Terra e do Ambiente. “É também significativo, uma vez que a comunidade paleoceanográfica da idade do gelo se tem historicamente concentrado muito no Oceano Antártico, dando menos atenção a outras regiões longínquas que o podem influenciar”.O Dr. James Rae, investigador da Escola de Ciências da Terra e do Ambiente, acrescenta: "O Oceano Austral é uma região verdadeiramente crítica para o clima, uma vez que pode absorver ou emitir CO2. A descoberta de que pode absorver ou emitir CO2 em função da alteração da circulação global significa que temos de estar atentos à forma como o Oceano Austral está a mudar hoje e no futuro". Referência da notíciaSouthern Ocean CO2 outgassing and nutrient load reduced by a well-ventilated glacial North Pacific, Nature Communications, September 2025. Shankle, M, G., et al.

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As propriedades do ferro (Fe)

Propriedades do ferro (fe)O que é o ferro?Propriedades químicas do ferroEfeitos do ferro na saúdeEfeitos do ferro no ambientePROPRIEDADES DO ferro (fe)NomeFerro (Fe)Valência2, 3Número atómico26Estado de oxidação+2, +3Massa atómica55,847 g/molDensidade7,76 g/mlPonto de ebulição3.000º CPonto de fusão1.536º CDescobridorConhecido desde a AntiguidadeO que é o ferro?O ferro é um elemento químico com o número atómico 26, o que significa que cada átomo de ferro conta com 26 protões no seu núcleo atómico. É representado pelo símbolo Fe e encontra-se no grupo 8 e no período 4 da tabela periódica, pertencendo ao grupo dos metais de transição. Na Terra, a temperatura e pressão padrão encontra-se no estado sólido, fazendo parte de diversos minerais, mas encontrando-se muito raramente em estado puro.O ferro é o segundo metal mais abundante da crosta terrestre, precedido apenas pelo alumínio, e o quarto elemento mais abundante nesta, depois do oxigénio, do silício e do alumínio.A nível planetário, trata-se do elemento mais abundante – até 70% do núcleo da Terra é composto por ferro fundido.Além disso, o ferro éo elemento mais pesado que pode ser gerado no núcleo das estrelas mais maciças através da fusão.Todos os elementos da tabela periódica mais pesados do que o ferro só podem formar-se nas explosões de supernova.Não se sabe, ao certo, quem descobriu o ferro, pois os primeiros indícios da sua utilização datam de há cerca de 3.500 anos a.C. pelos sumérios e os egípcios. Com efeito, crê-se que o primeiro ferro utilizado pelo ser humano não foi extraído do nosso planeta, mas de meteoritos. Quando começou a ser utilizado pelo ser humano, o ferro foi considerado um elemento relativamente estranho, quase tanto como o ouro. O ferro só ganhou relevância na história da humanidade aproximadamente no ano 1.000 a.C., na época conhecida como Idade do Ferro, na qual substituiu gradualmente o bronze no fabrico de armas e outros utensílios.Propriedades químicas do ferroO átomo de ferro tem uma configuração electrónica 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d6.O ferro não se encontra em estado puro na natureza, mas faz parte de diversos minerais, geralmente sob a forma de óxido.O ponto de ebulição do ferro é 3.000º C e o ponto de fusão é 1.536º C.O ferro é um metal extremamente duro e denso, maleável, com um tom cinzento prateado e possui propriedades magnéticas.Os estados de oxidação mais comuns do ferro são +2 e +3.Na natureza, o ferro tem 4 isótopos estáveis: 56Fe, 54Fe, 57Fe e 58Fe, cuja abundância relativa é, respectivamente, 91,66 %, 5,82%, 2,19% e 0,33%.Para obter ferro em estado puro, é necessário reduzir os óxidos dos minerais e submeter o produto a um processo de refinação para eliminar as impurezas.Os minerais de ferro mais importantes são: a hematita (Fe2O3), a limonita (Fe2O3), a magnetita (Fe3O4) e a siderita (FeCO3).Efeitos do ferro na saúdeO ferro é um elemento essencial para o funcionamento do organismo dos seres vivos. Cerca de 0,004% do peso de uma pessoa corresponde ao ferro, ou seja, os seres humanos possuem em média 4,5 gramas de ferro no seu organismo. A maior parte deste ferro, aproximadamente 65%, encontra-se na hemoglobina: a proteína dos glóbulos vermelhos encarregada de transportar o oxigénio desde os pulmões a todo o corpo através do sistema circulatório. O ferro também é indispensável na mioglobina, a proteína que fornece energia aos músculos. Uma pequena percentagem do ferro existente no corpo humano, 1%, encontra-se em diversas enzimas e o resto acumula-se em órgãos como o baço, o fígado ou a medula óssea, como potencial reserva para a produção de hemoglobina.O ferro é, por conseguinte, um elemento essencial para o bom funcionamento do organismo e a sua deficiência pode provocar problemas de saúde. Alguns dos problemas mais graves causados pela falta de ferro encontra-se a anemia ferropénica, cujos sintomas incluem cansaço e falta de energia, problemas de memória e concentração ou deficiências do sistema imunitário. Durante a gravidez, a falta de ferro pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro do feto e, nas crianças, pode causar atrasos no desenvolvimento psicológico ou défices de atenção.No entanto, tal como o défice, o excesso de ferro também pode ser prejudicial. Níveis anormalmente elevados de ferro podem provocar mal-estar, dores de estômago e intestinais, obstipação, náuseas, diarreia e vómitos, inflamação das paredes estomacais e úlceras. Existe também uma doença hereditária chamada hematomacrose, que pode fazer com que algumas pessoas acumulem níveis excessivos de ferro, que podem tornar-se tóxicos. Se não for devidamente tratada, a doença pode provocar problemas graves como doença cardíaca, cirrose hepática ou cancro do fígado.Efeitos do ferro no ambienteO ferro também desempenha um papel muito importante na natureza. Por exemplo, é fundamental para a fotossíntese das plantas e o crescimento do fitoplâncton no mar. Com efeito, o ferro actua como um factor limitante para o crescimento do fitoplâncton. Após anos de investigação, os cientistas descobriram que era possível aumentar a produção primária nos oceanos fertilizando-o com compostos de ferro.Por outro lado, estudos científicos demonstraram que o ferro pode ser um aliado importante na luta contra a poluição e as alterações climáticas. Por exemplo, em climas quentes e com uma elevada incidência de radiação ultravioleta, a hematita ou o óxido de ferro poderão ajudar a neutralizar os óxidos de nitrogénio que poluem a atmosfera. As partículas de ferro geradas pelas cidades e pela indústria também podem interagir, dissolvendo-se com os poluentes da atmosfera e fertilizar os oceanos, num processo semelhante ao explicado anteriormente, aumentando deste modo a produção primária e fixando carbono nas águas do mar.

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A extinção dos dinossauros também transformou a Terra: florestas floresceram e rios acalmaram-se

Uma investigação da Universidade de Michigan mostra que o desaparecimento dos dinossauros não apenas exterminou os gigantes do planeta, mas também remodelou os rios e permitiu a expansão das florestas.Sem os dinossauros para devastar a vegetação, as florestas expandiram-se rapidamente, estabilizando sedimentos e dando origem a rios largos e sinuosos.Os dinossauros não apenas dominaram a superfície da Terra por milhões de anos, como também foram capazes de moldar a paisagem. Isto é revelado por um novo estudo da Universidade de Michigan, que argumenta que a sua extinção repentina causou transformações drásticas em rios e ecossistemas, mudanças que podem ser rastreadas nas rochas hoje.Até agora, a diferença entre os depósitos geológicos antes e depois da extinção dos dinossauros era atribuída a fatores como a elevação do nível do mar ou processos puramente geológicos. No entanto, o paleontólogo Luke Weaver e a sua equipa sugerem que a chave era biológica: sem os dinossauros para devastar a vegetação, as florestas expandiram-se rapidamente, estabilizando os sedimentos e dando origem a rios com amplos meandros.Dinossauros, engenheiros do ecossistemaWeaver e os seus colegas analisaram formações rochosas em diferentes regiões do oeste dos Estados Unidos, observando uma mudança repentina na paisagem após a transição Cretáceo-Paleogeno (K-Pg), há cerca de 66 milhões de anos.Os investigadores argumentam que os dinossauros atuaram como "engenheiros do ecossistema". O seu enorme tamanho e hábitos alimentares mantiveram grandes áreas abertas cobertas por vegetação rasteira. Isso fez com que os rios inundassem e fluíssem suavemente pela paisagem. Quando desapareceram, as florestas expandiram-se e estabilizaram o terreno, guiando as águas para canais mais definidos e sinuosos.Uma pista nas rochasA equipa concentrou-se na Formação Fort Union, depositada após a extinção em massa. Essa camada rochosa, composta por estratos de diferentes cores, que lembravam "pijamas listrados", foi interpretada durante anos como remanescentes de lagoas formadas pela elevação da água do mar. Mas Weaver demonstrou que, na verdade, eram depósitos de meandros fluviais.O paleontólogo Luke Weaver, da Universidade de Michigan, aponta para a Anomalia do Irídio, uma camada de sedimento rico em irídio que se depositou sobre grande parte da Terra após a colisão de um asteroide com o planeta, causando a extinção dos dinossauros. Crédito: Luke Weaver/Universidade de Michigan.A diferença com as camadas subjacentes era impressionante: solos encharcados e pouco desenvolvidos, semelhantes aos de planícies de inundação, predominavam ali. A descoberta apontou para uma transformação radical ligada ao desaparecimento dos dinossauros.A evidência decisiva apareceu numa fina camada de argila avermelhada na Bacia de Bighorn, Wyoming. Ao analisá-la, os investigadores descobriram a chamada "anomalia de irídio", uma camada rica nesse elemento químico associado ao impacto do asteroide na Península de Yucatán. Esse material, distribuído por todo o planeta, marcava a fronteira precisa entre os períodos Cretáceo e Paleogeno.Um mundo que mudou num instante geológicoO estudo, publicado na revista Communications Earth & Environment e financiado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA, confirma que a Terra pode transformar-se rapidamente após um evento catastrófico."Muitas vezes, pensamos nisso como o clima ou a elevação das montanhas que mudam a vida e as paisagens. Raramente consideramos que a própria vida pode alterar o clima e a geografia", observou Weaver.Artigo relacionadoArmadura, exibição e defesa: a importância do Spicomellus afer no estudo dos dinossauros blindadosA investigação também foi inspirada por estudos modernos de animais como os elefantes, que moldam o seu ambiente derrubando árvores e alterando a vegetação. "Essa foi a faísca que nos fez pensar: se os elefantes têm esse impacto hoje, imagine o que os dinossauros poderiam fazer", acrescentou o paleontólogo.Uma lição para o presenteAlém do interesse paleontológico, o trabalho traça paralelos perturbadores com a atualidade. Weaver alertou que o evento de extinção K-Pg foi uma mudança quase instantânea em escala geológica e que alterações causadas pelo homem poderiam deixar marcas igualmente abruptas em registos futuros."O que está a acontecer nas nossas vidas equivale a um piscar de olhos em termos geológicos. A perda de biodiversidade e as mudanças na paisagem que estamos a causar poderão ser tão visíveis para os cientistas no futuro quanto o impacto do asteroide é hoje", explicou ele.Referência da notíciaDinosaur extinction can explain continental facies shifts at the Cretaceous-Paleogene boundary. 15 de setembro, 2025. Weaver, et al.

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Friedrich Götz, investigador da UBC: "Nenhum de nós é imune à desinformação."

O nosso cérebro está a sofrer um bombardeamento constante de informação. Manchetes, afirmações e dados que não podemos verificar, um a um, e entre os quais se infiltram falsidades e meias-verdades.Esta voragem, acompanhada pelos preconceitos próprios recebidos durante a educação, leva as pessoas a acreditarem naquilo que parece plausível de acordo com a sua própria forma de ver o mundo, mesmo que a notícia não seja verdadeira.Assim, a mentira infiltra-se no cérebro, onde se instala e começa a fazer parte da pessoa. Uma vez lá dentro, mesmo que sejam apresentadas provas que a contradigam, é muito difícil deixar de acreditar nela, pois implica uma mudança na própria realidade da pessoa. Além disso, os estudos de neuroimagem mais recentes mostram que o nosso cérebro parece programado para acreditar em mentiras, especialmente se elas representam um ganho.UM CÉREBRO PROGRAMADO PARA ACREDITAR NA MENTIRAUm estudo recente realizado por Yingjie Liu, da Universidade de Ciência e Tecnologia do Norte da China, entra no próprio cérebro das pessoas para explorar como elas analisam as informações provenientes de um amigo ou de um estranho.Utilizando técnicas de neuroimagem, o investigador observou como a informação percorria as áreas neuronais de 66 voluntários enquanto comunicavam através de um ecrã de computador. Dividiu a informação em dois tipos: uma considerada "ganho" quando implicava uma consequência positiva para o par e outra considerada "perda" quando a informação podia implicar uma punição.O resultado da experiência revelou que os participantes tendiam a acreditar mais frequentemente na informação que representava um ganho. Neste caso, eram activadas as regiões relacionadas com a avaliação do risco, a recompensa e a análise das intenções. O mais interessante é que, quando a pessoa que contava a mentira era considerada amiga, ambos os cérebros entravam numa espécie de sincronia. No contexto de ganho, ambos activavam mais fortemente a região do ganho, enquanto que, no contexto de perda, era a região de avaliação de risco. Os investigadores notaram que podiam usar essa informação sobre a actividade cerebral para prever se a pessoa iria cair no engano ou não.QUEM É MAIS PROPENSO A ACREDITAR EM MENTIRAS?Este estudo mostra uma realidade biológica muito interessante, mas, às vezes, escalar o factor biológico para os efeitos sociais é um pouco complexo. No entanto, outros estudos em sociologia tentaram observar que grupos de pessoas são mais propensos a acreditar em mentiras. Especificamente, um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica que envolveu 66.000 pessoas chegou a resultados um tanto surpreendentes sobre quais grupos costumam ser vítimas de mais enganos.Durante o estudo, os participantes tentaram avaliar manchetes de diferentes meios de comunicação (alteradas e não alteradas) para tentar discernir se eram verdadeiras ou falsas. Após analisar as diferentes variáveis dos participantes, notaram que os grupos que mais acreditavam nas notícias falsas eram da Geração Z(nascidos entre 1997 e 2012) com menor nível de escolaridade, não homens e com tendências políticas mais conservadoras.No entanto, esse grupo também costumava indicar numa pesquisa anterior que estava ciente de que seria difícil distinguir notícias verdadeiras de falsas. Outros grupos, como aqueles que se encontravam nos extremos do espectro político ou aqueles com maior nível de escolaridade, acreditavam que teriam uma maior capacidade de discernir notícias falsas das verdadeiras do que realmente conseguiam. Ou seja, demonstravam um excesso de confiança em si mesmos que posteriormente não se reflectiu nos resultados.Após uma análise minuciosa, Friedrich Götz, professor-adjunto de psicologia na Universidade da Colúmbia Britânica (UCB) e principal autor do estudo, afirma: "Independentemente de quem somos e daquilo que acreditamos saber, nenhum de nós é imune à desinformação. As pessoas devem perceber que todos estamos expostos à desinformação regularmente e que é provável que todos caiamos nela em algum momento".AS MENTIRAS QUE MODELAM A SOCIEDADEAs mentiras e as teorias da conspiração têm um papel enorme na sociedade, como explora Marcel Danesi, professor de semiótica e antropologia linguística da Universidade de Toronto. No seu livro, Politics, Lies and Conspiracy Theories, ele analisa como ditadores e grupos que incitam ao ódio usam discursos com palavras cuidadosamente estudadas para que as mentiras se enraízem na sociedade. Essas mentiras, geralmente, tendem a buscar um benefício para as pessoas que as preparam, e as suas consequências enraízam-se profundamente na mente das pessoas que as ouvem. "Quando se utilizam mentiras para gerar ódio, costumam ocorrer comportamentos prejudiciais, como violência contra a pessoa ou os grupos-alvo", afirma Danesi."A difusão de mentiras também está a tornar-se um factor poderoso que gera instabilidade política e social em todo o mundo, desestabilizando as democracias", explica o professor. Existem exemplos claros na Segunda Guerra Mundial, onde o regime nazi usava palavras como "peste, répteis e parasitas" para se referir a diferentes minorias e desumanizá-las. Exemplos que se transformaram e se repetiram em outros conflitos actuais.Há algo que possamos fazer para nos proteger do poder das mentiras? Danesi responde que é importante tentar compreender o discurso que estamos a ouvir de um ponto de vista neutro e analisar se estão a tentar incutir ideias erradas ou desinformação. Depois de fazer este exercício, a parte complicada é examinar os nossos próprios discursos para ver se acontece o mesmo, se temos ideias pré-concebidas ou preconceitos que afectam a nossa realidade. No entanto, este exercício requer tempo e um auto-conhecimento muito profundo, uma vez que pode mudar completamente a forma como vemos o mundo.

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Físicos acabam de descobrir forma de criar “algo a partir do nada”

Investigadores da University of British Columbia, no Canadá, encontraram uma forma de imitar o esquivo efeito Schwinger utilizando hélio superfluido, onde pares de vórtices surgem espontaneamente em películas finas, em vez de pares electrão–positrão a emergirem do vácuo. Em 1951, o físico Julian Schwinger teorizou que, ao aplicar um campo eléctrico uniforme a um vácuo, poderiam ser criados espontaneamente pares de electrões e positrões a partir do nada, através de um fenómeno conhecido como tunelamento quântico. O problema em transformar esta teoria de “matéria a partir do nada” em replicadores ou transportadores dignos de Star Trek é que seriam necessários

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Innovation Awards Roullier têm 300 mil euros para atribuir ao melhor projeto de investigação aplicada

Criado em 2018 e dedicado a soluções pioneiras para uma agricultura sustentável, a mais recente edição do concurso Innovation Awards Roullier tem inscrições abertas. A iniciativa abrange o nosso país, através da Vitas Portugal, filial do Grupo Roullier em território nacional e uma das 7 subsidiárias embaixadoras dos Innovation Awards Roullier 2025-2026. Esta que é […] The post Innovation Awards Roullier têm 300 mil euros para atribuir ao melhor projeto de investigação aplicada appeared first on Forbes Portugal.

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De Lisboa a Bruxelas: inflação, rendas, redes sociais e ouro em máximos

Neste episódio falamos da inflação de 2,8% em agosto e do impacto que terá nas rendas de 2026, do novo recorde do preço do ouro e da decisão europeia que anula a taxa cobrada a gigantes digitais como o Facebook, Instagram e TikTok. Destacamos ainda as apostas da Corticeira Amorim para vencer a concorrência, os 34 milhões de lucro da Benfica SAD e os resultados da Inditex, dona da Zara. Olhamos também para a venda de ações da Medway e para o programa Edifícios Mais Sustentáveis, que o Governo promete concluir até outubro

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Um podcast do Expresso expôs um vídeo falso e o Facebook já o apagou. Descubra qual foi e, se por acaso, lhe apareceu nas redes sociais

Estão espalhados pelas redes sociais: vídeos e fotografias que parecem contar histórias reais, mas que são falsos, feitos por inteligência artificial. Nos últimos dias, o vídeo de um bombeiro que contava a história dramática de um salvamento durante o combate a um incêndio deu que falar. Foi publicado por páginas que pareciam associadas ao Santuário de Fátima. Mas era tudo falso

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