Briefing: Avanços científicos da semana

A investigação liderada pela Universidade de Coimbra revelou novos métodos para reprogramar células em subtipos específicos de células dendríticas, essenciais para o sistema imunitário.

Esta abordagem promete desenvolver imunoterapias contra o cancro mais personalizadas e eficazes, podendo também ser aplicada no tratamento de outras doenças como a diabetes.

Cientistas da Universidade de Lisboa descobriram uma fissura na placa tectónica ao largo da costa portuguesa, resultante de um processo de delaminação.

Esta estrutura geológica, até agora desconhecida, é a explicação mais provável para os sismos de grande magnitude que historicamente afetaram Lisboa, alterando a avaliação do risco sísmico para o país.

A Universidade de Coimbra desenvolveu músculos artificiais que utilizam a vaporização da água para gerar movimento, destacando-se pela sua performance, segurança e baixo custo.

Esta tecnologia, já aplicada em protótipos de robôs, tem um enorme potencial em áreas como próteses, reabilitação e automação industrial.

A Fundação Champalimaud está a desenvolver uma tecnologia inovadora que utiliza a análise da respiração e inteligência artificial para detetar precocemente cancros de elevada mortalidade.

Este método não invasivo e rápido funciona como uma ferramenta de triagem, com potencial para revolucionar o rastreio oncológico e melhorar a sobrevivência dos doentes.

A análise de um dente de Neandertal com cárie demonstrou que o uso da boca como ferramenta, aliado a uma dieta rica em amido, criou condições para o desenvolvimento de patologias dentárias.

Este estudo oferece uma visão rara sobre o comportamento e a saúde oral dos Neandertais há 49.000 anos.

Uma equipa do i3S desenvolveu uma técnica de edição genética que potencia a eficácia das células CAR-T contra tumores sólidos.

Ao eliminar um gene específico, as células imunitárias tornam-se mais resistentes, o que pode representar um avanço significativo no tratamento de vários tipos de cancro.

Cientistas chineses desenvolveram um método não genético para fazer plantas suculentas brilharem no escuro, injetando partículas de fósforo nas suas folhas.

Esta inovação de baixo custo pode levar à criação de "lâmpadas vivas" para iluminação sustentável, embora a sua segurança a longo prazo ainda precise de ser avaliada.

Um estudo japonês demonstrou que a exposição diária ao aroma de rosa aumentou a massa cinzenta numa região do cérebro associada à memória.

Este achado abre a porta a estratégias simples, como o uso de perfumes, para potencialmente prevenir a atrofia cerebral e reduzir o risco de demência.

A descoberta do anquilossauro Spicomellus afer em Marrocos, datado do Jurássico Médio, demonstrou que estes dinossauros desenvolveram armaduras complexas e armas caudais muito mais cedo do que se pensava.

O fóssil revela características únicas, como espinhos fundidos às costelas, e redefine a nossa compreensão da evolução e distribuição dos dinossauros blindados.

A descoberta de um fóssil quase completo do Kostensuchus atrox na Argentina revela a existência de um grande predador, parente dos crocodilos, que viveu há 70 milhões de anos.

Este "hipercarnívoro" era um dos principais predadores do seu ecossistema, oferecendo novos dados sobre a fauna da Patagónia no final do Cretáceo.