Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou em terreno positivo, impulsionada pela força das ações tecnológicas e pela esperança de um corte nas taxas de juro da Fed, apesar das persistentes preocupações com uma bolha de IA. A semana de negociação será mais curta devido ao feriado de Ação de Graças.

A bolsa de Lisboa fechou em queda ligeira de 0,03%, contrariando os ganhos europeus, devido ao mau desempenho de títulos com grande peso no índice, nomeadamente do setor energético como a Galp e a EDP.

Os principais mercados europeus fecharam em alta, impulsionados pela esperança de cortes de juros nos EUA.

Os ganhos foram liderados pelos índices de França e Espanha, num dia que contrastou com a ligeira queda da bolsa portuguesa.

A IA foi um fator-chave no mercado, impulsionando a Alphabet com notícias sobre novos modelos e investimentos, mas também alimentando o debate sobre uma possível bolha no setor tecnológico, o que gerou volatilidade e incerteza.

A esperança de um corte de juros pela Fed em dezembro foi um dos principais catalisadores positivos para as bolsas.

No entanto, analistas alertam para a necessidade de cautela e paciência até à reunião do banco central, antecipando uma possível manutenção das taxas.

Os preços do petróleo Brent e WTI caíram de forma acentuada e consistente ao longo do dia, com perdas que chegaram a superar os 2% no fecho europeu.

Esta queda marcou o setor energético, embora as causas não tenham sido detalhadas nos artigos.

A Alphabet teve um desempenho excecional em bolsa, atingindo um novo recorde, impulsionada pelo seu novo modelo de IA, Gemini 3, e por notícias de um potencial investimento multibilionário da Meta nos seus chips, o que impactou negativamente a concorrente Nvidia.

O euro ganhou terreno de forma consistente face ao dólar ao longo do dia, com a taxa de câmbio a subir e a fixar-se acima de 1,155 dólares, um movimento que reflete as expectativas do mercado em relação a um possível alívio na política monetária da Fed.

O setor da defesa foi maioritariamente penalizado pela possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia, com empresas como a Rheinmetall e a Lockheed Martin a registarem perdas. A volatilidade do setor ficou evidente, com as ações a reagirem tanto a notícias de paz como a relatos de continuação do conflito.

A confirmação da estagnação da economia alemã no terceiro trimestre, com um crescimento de 0,0%, foi um dado macroeconómico relevante que marcou a sessão europeia, sublinhando os desafios estruturais que a principal economia do continente enfrenta.