Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou de forma mista, com os índices Dow Jones e S&P 500 a subirem ligeiramente, mas o Nasdaq a cair devido a preocupações com o setor tecnológico e à incerteza gerada pelo 'shutdown' do governo.

A volatilidade marcou a sessão, refletindo um sentimento de cautela entre os investidores.

O receio de uma bolha na Inteligência Artificial e a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos no setor levaram a uma correção acentuada nas ações tecnológicas.

O Nasdaq acumulou perdas semanais significativas, refletindo a aversão ao risco dos investidores, apesar das garantias de figuras do setor de que não procuram resgates governamentais.

O 'shutdown' recorde do governo dos EUA, ao entrar no seu 38.º dia, tornou-se um grande foco de instabilidade para os mercados.

A ausência de indicadores económicos vitais e os transtornos em serviços como o transporte aéreo aumentam a incerteza e afetam negativamente a atividade económica e o sentimento dos investidores.

As bolsas europeias fecharam maioritariamente em queda, com os principais índices a refletirem as preocupações globais sobre uma potencial bolha na IA e os efeitos do 'shutdown' nos EUA.

O sentimento de aversão ao risco dominou a sessão, com o IBEX 35 de Madrid e o PSI de Lisboa a registarem as perdas mais acentuadas.

O índice PSI foi o que mais caiu na Europa, com uma desvalorização de 2,27%, arrastado por quedas acentuadas no grupo EDP e em outros títulos de peso. A esmagadora maioria das cotadas fechou em baixa, refletindo um forte sentimento de pessimismo no mercado nacional que superou o das suas congéneres europeias.

A divulgação de resultados e 'guidance' considerados dececionantes, juntamente com um corte de recomendação do Goldman Sachs, provocaram uma queda abrupta nas ações da EDP e EDP Renováveis. As preocupações com o ritmo de crescimento e o elevado endividamento da empresa levaram a uma forte penalização por parte do mercado.

As bolsas asiáticas seguiram a tendência negativa de Wall Street, com perdas generalizadas nos principais índices.

O catalisador da queda foi o crescente receio de uma bolha especulativa no setor da IA, demonstrando a interconexão dos mercados globais e a influência do sentimento em torno da tecnologia.

A incerteza económica e a volatilidade bolsista, exacerbadas pelo 'shutdown' nos EUA, impulsionaram a cotação do ouro.

O metal precioso reafirmou o seu estatuto de ativo-refúgio, com os investidores a procurarem segurança e a elevarem o seu preço novamente acima do patamar dos 4.000 dólares por onça.

Após um período de quedas, os preços do petróleo Brent e WTI registaram uma recuperação. Este movimento de subida surge num cenário complexo para o mercado energético, marcado pela recente decisão da OPEP+ de aumentar a produção, indicando uma sessão de reajuste técnico ou a influência de outros fatores de mercado.

O mercado de dívida soberana europeu registou uma subida nos juros, nomeadamente nas obrigações a 10 anos de Portugal e da Alemanha. Esta tendência altista nas 'yields' reflete o reajuste das posições dos investidores no mercado de rendimento fixo, em contraste com a ligeira descida observada nos juros da dívida norte-americana.