Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

O PSI teve um desempenho histórico, atingindo um pico de mais de 15 anos, impulsionado por uma forte e generalizada valorização das suas cotadas, nomeadamente da EDP Renováveis.

Este movimento positivo destacou Lisboa no panorama europeu, que se mostrou maioritariamente pessimista.

A subida acentuada das ações da EDP Renováveis, impulsionada por recomendações de compra e preços-alvo mais elevados por parte da Jefferies e do BNP Paribas Exane, foi o principal catalisador para o desempenho recorde do PSI, demonstrando a influência significativa da empresa no mercado português.

Wall Street fechou em queda, com o Dow Jones a registar as maiores perdas, devido à contínua paralisação do governo dos EUA e à cautela dos investidores antes da apresentação de resultados empresariais, apesar das indicações da Fed sobre uma possível flexibilização monetária.

As bolsas europeias tiveram um dia de negociação mista e cautelosa, influenciadas por desenvolvimentos geopolíticos no Médio Oriente, incerteza política em França e fortes quedas no setor automóvel, resultando num desempenho globalmente negativo, à exceção de Lisboa.

A prata atingiu um recorde de 32 anos, superando os 50 dólares, impulsionada por uma combinação de fatores: a procura como ativo de refúgio devido à incerteza política nos EUA, um 'efeito de recuperação' após o recorde do ouro, e uma forte procura industrial, especialmente para semicondutores de IA.

O ouro alcançou um recorde histórico ao superar os 4.000 dólares, impulsionado por tensões políticas nos EUA e em França, compras por bancos centrais e a fraqueza do dólar.

Este movimento solidificou o seu papel como ativo de refúgio e serviu de catalisador para a subida de outros metais preciosos como a prata.

O petróleo negociou em baixa, com o Brent a rondar os 65 dólares por barril.

Este nível de preços está em linha com as previsões do Governo português para o Orçamento de 2026, que antecipa uma redução das pressões inflacionistas externas com base na estabilização dos custos da energia.

A Nvidia foi impulsionada por um 'upgrade' de analistas e pela aprovação de exportações para os EAU. As projeções otimistas, que apontam para uma futura avaliação de cinco biliões de dólares, refletem a confiança do mercado no seu domínio contínuo no setor da inteligência artificial.

As atas da Fed indicaram uma provável continuação dos cortes nas taxas de juro, embora com cautela em relação à inflação. Simultaneamente, os mercados aguardam as atas do BCE, esperando a manutenção das taxas, com as políticas de ambos os bancos centrais a serem um fator determinante para a direção dos mercados globais.

O índice Nikkei de Tóquio alcançou um novo recorde, com uma subida de 1,77%, impulsionado pelo forte desempenho das ações de tecnologia e inteligência artificial.

Este movimento reflete o otimismo dos investidores neste setor e destaca a liderança da Ásia nesta tendência global, contrastando com a cautela noutros mercados.